Sexta-Feira, 11 de Setembro de 2015
Mais um estudo realizado nos
Estados Unidos confirma a eficácia da profilaxia pré-exposição (PrEP), ou seja,
o uso de antivirais para evitar a infecção pelo HIV em indivíduos saudáveis.
Os
pesquisadores do Centro Médico Kaiser Permanente de São Francisco acompanharam
657 homossexuais masculinos ao longo de 32 meses. Eles usaram diariamente o
Truvada (tenofovir e emtricitabina) e, após o período, nenhum deles havia
contraído o vírus. Os dados foram publicados no periódicoClinical
Infectious Diseases.
Estudos
anteriores já tinham apontado uma taxa de prevenção em torno de 86%, mas este é
o primeiro a apresentar um resultado de 100%, segundo reportagem do jornal
britânico Daily Mail.
O uso do
Truvada em pacientes que não possuem o vírus foi aprovado nos EUA em 2012. No
Brasil, o tratamento ainda é experimental.
Comportamento
Alguns
especialistas temem que o uso da pílula estimule o comportamento sexual de
risco entre gays e bissexuais, embora o tratamento não dispense o uso da
camisinha. Já outros acreditam que a prevenção deve ser ampliada para reduzir o
número de novos casos de Aids.
Por
causa dessa polêmica, os pesquisadores também entrevistaram 143 dos usuários da
PrEP para saber se o tratamento preventivo levou a mudanças de comportamento.
Os resultados mostram que o número de parceiros sexuais não foi alterado para
74% do total. O uso do preservativo também se manteve igual para 56%, mas
diminuiu para 41%.
Após
seis meses de pesquisa, 30% dos usuários da PrEP foram diagnosticados com pelo
menos uma doença sexualmente transmissível (DST). Mas a equipe não sabe se
essas taxas são maiores do que as que seriam observadas sem o Truvada.
Os
efeitos colaterais do tratamento incluem alterações na função renal, por isso é
preciso que os pacientes sejam monitorados e testados com frequência.
Via UOL
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