Sexta-feira, 06 de Novembro de 2015
Com uma projeção de investimento de R$ 30 milhões no
mercado em 2016, o Flamengo se apoia, sobretudo, em seu novo contrato de TV.
Segundo o vice de finanças rubro-negro, Claudio Pracownik, o clube terá um
aumento de R$ 70 milhões em sua receita da Rede Globo. Ele passará a faturar
cerca de R$ 180 milhões a partir do ano que vem, se distanciando ainda mais de
seus concorrentes.
O time
da Gávea não se mostra preocupado com as recorrentes críticas a uma suposta
'espanholização'.
Em
reunião recente que manteve com os clubes de forma individual, a própria Globo
apresentou estudo que mostra que o cenário local está distante do observado na
Espanha, com Barcelona e Real Madrid.
De
acordo com ela, Fla e Corinthians são responsáveis por apenas 18% do total
dividido nos direitos de transmissão do Brasileiro.
Essa
porcentagem agora deve aumentar.
"Em
2016, teremos um aumento relevante de direitos de televisão de mais de R$ 70
milhões enquanto que as despesas com jogos despencarão", afirmou Pracownik
ao ESPN.com.br, ao explicar o maior repasse de dinheiro para o
departamento de futebol na próxima temporada.
A
situação deverá ser ainda melhor a partir de 2017, quando a atual gestão, em
caso de reeleição no próximo pleito, poderá finalmente chegar ao seu objetivo,
com uma receita total no mesmo tamanho de sua dívida.
Em seu
encontro anual para apresentar os números do pay-per-view, na semana passada,
foi proposto à Globo a mudança no atual formato de cotas. O diretor executivo
de esportes da emissora, Marcelo Campos Pinto, citou, inclusive, o
modelo da Premier League como possível caminho. O presidente do Flamengo,
Eduardo Bandeira de Mello, no entanto, se mostrou desconfortável com a conversa
e pediu foco a todos.
O vice
de finanças Claudio Pracownik nega que o clube seja contra qualquer eventual
discussão nesse sentido.
"Cada
um luta pelo melhor para si, mas sem esquecer dos demais. Queremos ser grandes
entre os grandes. Não podemos defender que o futebol, como um todo, se
empobreça e sejamos o menos pior. Almejamos ser o melhor entre os mais fortes.
Por isso, o Flamengo lutou pelo Profut (programa de refinanciamento de dívidas
sancionado pela presidente Dilma Roussef)", explica.
"Na
TV, é uma questão de justiça. O Flamengo tem que receber mais porque vende
mais, tem mais assinantes. Não podemos subsidiar os outros times. Não tem por
que. Apoiamos todas as outras medidas", completa.
Ao
todo, 18 equipes contam hoje com acordo com a Globo até 2018: Corinthians, São
Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Grêmio, Inter,
Atlético-MG, Cruzeiro, Coritiba, Atlético-PR, Goiás, Bahia, Vitória e Sport.
ESPN