Domingo, 07 de Fevereiro de 2016.
Noela Rukundo
surpreendeu seu marido ao aparecer em seu próprio funeral. A história teria um
final feliz se o marido, Balenga Kalala, não tivesse encomendado sua morte. O
caso bizarro aconteceu em Melbourne, na Austrália. Cinco dias antes do
funeral, Kalala havia mandado um grupo de homens assassinarem Noela, com quem
era casado havia 10 anos. As informações são do jornal americano "The
Washington Post".
O "suposto"
assassinato ocorreu no início de 2015, quando o casal estava em Burundi, terra
natal de Noela, para o velório da madrasta da mulher. Ela foi sequestrada por
um grupo de homens enquanto andava pelo hotel. Os homens revelaram a ela que o
marido havia ordenado seu assassinato. Por conhecerem o irmão de Noela, o grupo
decidiu não matá-la, mas falou ao marido que o serviço foi feito, desde
que pudessem ficar com o dinheiro que ele havia pago.
Depois de dois dias,
o grupo libertou a mulher na beira de uma estrada. Antes, lhe deram um telefone
celular, as gravações das conversas telefônicas que tiveram com Kalala e o
recibo dos R$ 7.000 doláres australianos que o homem havia pago pelo
assassinato.
Com a ajuda das
embaixadas do Quênia e da Bélgica, ela conseguiu retornar à Austrália. Ela
pediu ajuda, então, ao pastor de sua igreja, que conseguiu com que ela voltasse
para o seu bairro em segredo. O seu marido havia falado para todos que ela
havia falecido em um trágico acidente e preparou o velório. Foi no dia 22 de
fevereiro de 2015 que a mulher surpreendeu o marido em seu próprio
funeral.
Noela conta do
momento que o marido a viu. "São meus olhos, ou é um fantasma?",
disse o homem, assustado. "Surpresa, estou viva", respondeu. Ela
relata que ele tocou o ombro dela para ver se era real e deu um pulo quando
constatou que era a mulher. Em seguida, o homem pediu desculpas, desesperado.
A princípio, Kalala
negou todas as acusações, mas acabou confessando o crime durante uma conversa
telefônica que foi secretamente gravada pela Polícia. Ele foi condenado a
nove anos de prisão pela Justiça de Melbourne.
ig