Domingo, 27 de Março de 2016.
Familiares da monitora de qualidade Suênia de Souza
Silva, de 25 anos, que foi assassinada no dia 7 de janeiro deste ano no bairro
de Mangabeira enquanto saía do trabalho, estão oferecendo uma recompensa para
quem dê informações que levem ao autor do crime.
A iniciativa foi da família do ex-esposo de
Suênia, Neymar Barros, que inicialmente foi considerado um dos principais
suspeitos do homicídio. Segundo ele, a ação tem o objetivo de colaborar com o
trabalho da polícia, incentivando a realização de denúncias por meio do Disque
197.
“Nosso intuito é somar junto à polícia. O delegado
está pedindo denúncias no 197 há tempos e até agora ninguém denunciou. A gente
resolveu fazer isso para ver se as pessoas ficam mais incentivadas a falar.
Sabemos que ajudando poderemos ser ajudados”, comentou o ex-esposo da
vítima.
Ele comentou as acusações iniciais de que ele
poderia ser um dos responsáveis pelo assassinato. “O delegado me investigou e
viu que eu não tenho nada a ver. De fato, queremos que seja feita a justiça,
mas também tiraria das minhas costas o peso dessa suspeita. Quero, no futuro,
conversar com a minha filha e mostrar que a pessoa responsável pelo que ocorreu
com a mãe dela está presa”, acrescentou.
Ele ainda pediu colaboração da população e também
da Polícia Civil que, até o momento, não declarou se apoia ou não a iniciativa
nem disse se pedirá o contato dos denunciantes, única forma de fazer com que a
recompensa seja paga. O pai de Suênia, Sueliton Oliveira, também espera que,
além do apoio da polícia, essa recompensa possa de fato levar à solução do
caso. “É muito duro saber que uma cidadã como a minha filha, batalhadora, mãe
de família, que deixou uma filhinha de seis anos órfã foi morta e esse crime
continua impune. Sabemos que não trará nossa filha de volta, mas dará uma
sensação de alívio saber que os culpados vão sofrer punição”, desabafou.
Ele comentou que as suspeitas existentes sobre o ex-esposo
de Suênia ainda persistem pelo fato de o crime não chegar a uma solução. Ele
comentou que as suspeitas são reforçadas pelos desentendimentos que a família
sabia existirem entre os dois devido, principalmente, ao apartamento em que
Suênia morava, que teria sido comprado enquanto os dois estavam juntos, mas no
qual Suênia ficou sozinha após a separação. No entanto, a polícia descartou
Neymar como suspeito. “Ele é inocente, até que se prove o contrário. Vamos
esperar as denúncias”.
Com Portal do Litoral