Mau hálito tem cura e é mais simples do que você pensa.
Quinta-feira, 03 de Março de 2016.
Segundo a Associação Brasileira
de Halitose cerca de 30% da população sofre com este problema, ou seja, mais ou
menos 50 milhões de pessoas passam ou já passaram pelo constrangimento de
exalar um odor ruim pela boca. Mas esse número não precisava ser tão grande
assim, pois a halitose tem prevenção, controle e, na maioria dos casos, cura.
Segundo Ana Kolbe, cirurgiã-dentista especializada na
prevenção e no tratamento da haitose, as principais causas desse mal são
saburra lingual, que é uma camada esbranquiçada que se fixa no fundo da língua,
estresse, pouca ingestão de água, pouca produção de saliva e má higiene oral.
Ou seja, todos esses itens são reversíveis.
“Assim que o diagnóstico é fechado e revelado como
sendo uma dessas causas, basta que o profissional passe o tratamento adequado e
que o paciente siga as instruções dadas, que muitas vezes é apenas uma mudança
de hábito”, diz a especialista.
Outros hábitos perigosos
Muitos outros costumes do dia-a-dia, aparentemente
inofensivos, também podem causar mau hálito. Para eliminá-lo basta rever o modo
como você anda levando a vida ou procurar ajudar se for algo mais difícil de
mudar.
“Dormir de boca aberta, ter uma vida sedentária, ir para a
cama sem escovar os dentes, ficar longos períodos sem comer, não mastigar bem
os alimentos e não ir ao banheiro regularmente são hábitos que podem acabar
contribuindo para o aparecimento da halitose”, diz Ana.
Halitoses controladas
No entanto, em menor escala, há alguns tipos de halitose que
vão ter apenas controle. Um bom exemplo é o mau hálito causado por alguma outra
doença, como a diabetes. “A diabetes não tem cura e sim controle assim como o
mau cheiro que ela provoca na boca de quem a tem”, diz a especialista.
Quem tem diabetes costuma fazer muito xixi, o que pode causar
desidratação e assim, boca seca. Como vimos acima, a pouca quantidade de saliva
na boca pode causar o mau hálito. Os remédios que a pessoa com diabetes toma
também podem influenciar no péssimo odor bucal. Nesses casos, recomenda-se
conversar com o médico de confiança para ver o que pode ser feito ou alterado
durante o tratamento da doença.
Apoio e pré-diagnóstico familiar
Também é fundamental a participação da família, ou pelo menos
de uma pessoa de confiança, na hora de alertar o portador que ele está com mau
hálito. Isso porque muitas vezes ele mesmo não sente que sua boca está
cheirando mal e precisar ser avisado, com cautela, sobre o problema.
“Assim que o problema é atestado por alguém próximo é
recomendado procurar um especialista no assunto para investigar a frequência e
a intensidade do odor. Só depois dessa avaliação será possível fechar um
diagnóstico e prescrever um tratamento adequado”, diz Ana.
O importante dessa matéria é ressaltar que, na grande maioria
das vezes, a pessoas não precisa conviver com esse problema e nem se afastar do
mundo social por vergonha. A halitose tem cura. “E é fundamental que o paciente
recupere a autoestima e a autoconfiança que são abalados com a halitose”, diz a
especialista.