Quinta-feira, 31 de março de 2016.
Ex-presidente é
investigado sobre supostas irregularidades na compra da cota de apartamento
tríplex, no Guarujá, e em benfeitorias feitas em um sítio frequentado por sua
família em Atibaia.
Juiz Sérgio Moro
O
Supremo Tribunal Federal (STF) decide nesta quinta-feira (31) se o juiz Sérgio
Moro, responsável pela investigação da Operação Lava Jato na primeira instância
da Justiça Federal, continuará na condução dos inquéritos contra o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A Corte vai decidir se referenda decisão proferida na semana
passada pelo ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo.
O ministro suspendeu as investigações que envolvem Lula, por entender que cabe
à Corte analisar se o ex-presidente tem foro privilegiado e deve ser processado
pelo tribunal.
A polêmica sobre a nomeação de Lula para ocupar o cargo de
ministro da Casa Civil do governo Dilma não deverá ser decidida pelos
ministros, porque o processo no qual a posse foi suspensa está sob a relatoria
do ministro Gilmar Mendes e não está pautado.
Na decisão, que atendeu a pedido da Advocacia-Geral da União
(AGU), Teori suspendeu, com base em jurisprudência da Corte, a divulgação das
interceptações envolvendo a Presidência da República e fixou prazo de dez dias
para que Sérgio Moro preste informações sobre a divulgação dos áudios do
diálogo entre a presidente Dilma Rousseff e Lula, tornados públicos após
decisão do juiz.
Na terça-feira (29), em informações prestadas a pedido de
Zavascki, Moro pediu desculpas por ter autorizado a divulgação de escutas
telefônicas entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente
Dilma Rousseff. Ao ministro, Moro também disse que não teve a intenção de
provocar polêmicas, conflitos ou constrangimentos.
O ex-presidente é investigado sobre supostas irregularidades na
compra da cota de apartamento tríplex, no Guarujá (SP), e em benfeitorias
feitas em um sítio frequentado por sua família em Atibaia (SP).
Por Agência Brasil