Quinta-feira, 21 de setembro de 2017
Ela foi
submetida a uma drenagem no abscesso na Maternidade Frei Damião.
Vítima do crime deu à luz
a um bebê, em João Pessoa (Foto: Reprodução/TV Cabo Branco)
A criança de 11 anos que foi estuprada e engravidou, em João
Pessoa, se recupera bem após passar por um procedimento cirúrgico nesta
quarta-feira (20). Ela foi submetida a uma drenagem no abscesso na Maternidade
Frei Damião, para onde retornou no dia 17 de setembro, 13 dias após a cirurgia
cesárea. Ela
deu entrada apresentando um quadro de dor e febre.
De acordo com o boletim do hospital,
ela foi submetida a uma ultrassonografia, que detectou um hematoma na parede
abdominal. "O pequeno procedimento foi realizado com sucesso e a paciente
se recupera bem", diz o hospital.
Após o procedimento, a paciente será
encaminhada para a enfermaria, onde permanecerá em observação por alguns dias
até a sua recuperação.
O único suspeito de estuprar a menina
é o padrasto dela, que foi preso no dia 13 de setembro, na Bomba do Hemetério,
na Zona Norte do Recife, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva pela
prática de estupro de vulnerável, expedido pela 3ª Vara de Mangabeira. Após ser
transferido para João Pessoa e passar por audiência de custódia, ele foi
encaminhado ao Presídio do Róger, na segunda-feira (18), onde vai aguardar
julgamento.
O crime foi praticado quando a
vítima tinha 10 anos e, desde que a gravidez dela foi revelada, em maio, o padrasto
da menina estava foragido.
Entenda o caso
As
investigações começaram em maio de 2017. De acordo com processo que segue sob
segredo de justiça na Vara da Infância e Juventude da Paraíba, a menina foi
estuprada pelo padrasto quando tinha 10 anos. A criança descobriu a gravidez
quando passou mal e foi levada para um hospital. Na época, ela informou à
polícia que a violência sexual era algo recorrente, mas não soube precisar
quando teve início.
De acordo com o Ministério Público,
uma enfermeira do Posto de Saúde da Família (PSF) do bairro do Grotão, em João
Pessoa, detectou possíveis indícios de abuso sexual cinco meses antes da
gravidez ser descoberta. A enfermeira identificou que a menina apresentava um
corrimento e orientou à mãe da criança a leva-la para o Hospital Frei Damião,
uma unidade de saúde de referência na região.
Segundo
o promotor da Infância e Juventude Alley Borges Escorel, a mãe da menina foi
negligente ao não levá-la para fazer exames médicos. Porém a delegada Joana
D'arc Sampaio afirmou que, durante as investigações, ficou constatado que a mãe
da criança não vai ser responsabilizada pelo crime, pois não teve participação
nem sabia o que aconteceu, descartando-se, portanto, a possibilidade de
conivência.
Por
G1 PB