Terça-feira, 26 de setembro de 2017
Última pista sobre a localização que a polícia teve do
ex-coroinha foi a apreensão do celular do padre, levado pelos suspeitos após o
crime
Padre Pedro foi
assassinado em Borborema
Foi concluído na
sexta-feira (22) e remetido à Justiça o inquérito sobre a morte do padre Pedro
Gomes Bezerra, morto com 29 facadas no dia 23 de agosto, dentro da casa
paroquial do município de Borborema, a 135 quilômetros de João Pessoa. No
processo, são confirmados os autores do crime, um ex-coroinha da paróquia e um
adolescente de 15 anos. Além disso, ficou estabelecido que o ex-coroinha e o
padre tiveram relações sexuais antes do crime. Quem diz é o delegado
responsável pelo caso.
Conforme o delegado Diógenes Fernandes, que investiga o caso,
o ex-coroinha foi indiciado por latrocínio, por ter matado a vítima e roubado o
celular, e corrupção de menores. Já o adolescente foi indiciado por ato
infracional e conduta análoga a latrocínio.
Também segundo o delegado, com base no depoimento do
adolescente, nas evidências do crime e na forma como o ex-coroinha ganhou
confiança do padre à polícia tem convicção que houve relação sexual da vítima
com o maior de idade momentos antes do crime.
“Temos convicção [de que houve relação sexual]. A relação
sexual entre o ex-coroinha e o padre foi corroborada pelo depoimento do
adolescente e pelo modo como o crime foi cometido. O ex-coroinha não via o
padre há dois meses e decidiu voltar a ter contato com ele já na intenção de
cometer o crime. Na noite do latrocínio, o padre foi buscar o ex-coroinha e o
adolescente e os levou até a casa paroquial, onde houve o consumo de comidas,
bebidas, o ato sexual e o crime em si. Tudo foi premeditado pelo ex-coroinha,
que é o mentor intelectual”, afirmou o delegado.
A última pista sobre a localização que a polícia teve do
ex-coroinha foi a apreensão do celular do padre, levado pelos suspeitos após o
crime.
“O celular do padre foi levado pelo ex-coroinha e ele o
repassou por R$ 100 a um morador da fazenda do pai dele. Conseguimos localizar
esse celular dez dias após o crime e indiciamos o comprador por recepção, mesmo
ele não sabendo que o celular era roubado. Porém, continuamos sem saber onde o
ex-coroinha está escondido e pedimos ajuda da população para que possamos
prendê-lo”, concluiu o delegado.
Por Halan Azevedo –
Portal Correio