Sábado, 11 de novembro de 2017
Vice-presidente
do Senado Cássio Cunha Lima se disse contrariado e surpreso com destituição de
Tasso Jereissati da presidência do partido.
Senador Cássio
Cunha Lima (PSDB-PB) criticou decisão de Aécio Neves em retirar Tasso
Jereissati da presidência do partido (Foto: George Gianni/PSDB)
O vice-presidente do Senado Cássio
Cunha Lima (PSDB) criticou, nesta sexta-feira (10), o ato de Aécio Neves ao
destituir Tasso Jereissati da presidência do partido. Em entrevista à CBN João Pessoa, o político paraibano se disse
surpreso com a decisão e afirmou que "é preciso que a política brasileira
mude radicalmente. E o que o senador Aécio fez não conta com minha aprovação. É
uma decepção atrás da outra".
A fala do parlamentar ocorre um dia
após Aécio
Neves afastar Jereissati da presidência do PSDB, na quinta-feira
(9), e indicar o ex-governador de São Paulo Alberto Goldman para a presidência
interina do partido, que deve se reunir para eleger novo comandante em um mês.
Na quarta-feira (8), Tasso
havia se lançado candidato à presidência do partido.
O G1 procurou o senador Aécio Neves mas não
conseguiu entrar em contato até até a última atualização desta reportagem.
Aécio
se licenciou do cargo em maio, após
as delações
da JBS. Desde então, o PSDB tem sido comandado de maneira interina pelo senador
Tasso Jereissati.
O senador Cássio Cunha Lima também
destacou haver um distanciamento tucano do presidente Michel Temer e de
"práticas antigas da política", assegurando que "pelo menos o
PSDB tem sido o único partido que tem feito autocrítica e que já pediu
humildemente desculpas à opinião pública pelos erros cometidos pelo sistema
político brasileiro".
Senador Aécio
Neves (PSDB-MG) afastou Tasso Jereissati da presidência do partido (Foto:
Geraldo Magela/Agência Senado/Arquivo)
Presidente interino aponta conflito
interno no PSDB
O presidente interino do PSDB,
Alberto Goldman, defendeu nesta quinta-feira (9) unidade dentro da legenda e
afirmou que qualquer “conflito interno” não ajuda. O
ex-governador de São Paulo disse ainda que o futuro da sigla deve se sobrepor a
“desejos pessoais”. Goldman assumiu a função no PSDB depois que o presidente
licenciado da legenda, senador Aécio Neves (MG), destituiu Tasso Jereissati
(CE) do cargo.
Por G1 PB