Sexta-feira, 18 de janeiro de 2018
O TRF-4 informa que faz transmissões de sessões em seu site desde 2015 e em seu canal no Youtube desde 2012
O último a apresentar seu voto é o desembargador Victor Laus. Paulsen proclama o resultado. Caso haja pedido de vista, o julgamento é adiado para sessão futura (Foto: Reprodução/jornalconexaoaeroporto)
O julgamento da apelação do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4), marcado para a próxima quarta-feira na sede do órgão, em Porto
Alegre, será transmitido em vídeo pelo Youtube. É a primeira vez que a corte
exibe um julgamento de um réu que recorre contra sentenças do juiz Sergio Moro
na Operação Lava-Jato.
A informação foi confirmada pela
assessoria do TRF-4, que ainda não deu detalhes da transmissão. O tribunal
já havia exibido outros julgamentos, mas nunca nas audiências de casos
criminais.
O TRF-4 informa que faz transmissões de
sessões em seu site desde 2015 e em seu canal no Youtube desde 2012.
A 8ª Turma do Tribunal, que responde
pelas análises das apelações das sentenças da Lava-Jato, deverá analisar o
recurso apresentado pela defesa de Lula e dos demais réus no processo. Em
primeira instância, o juiz Sergio Moro condenou Lula a nove anos e meio de
prisão no caso do tríplex do Guarujá.
O julgamento da apelação criminal do
ex-presidente e mais seis réus condenados na ação começará às 8h30m. Será a
primeira sessão desta turma em 2018 e a 24ª apelação julgada pelo TRF-4 contra
sentenças nas ações derivadas da Operação Lava Jato.
A sessão será aberta pelo desembargador
Leandro Paulsen, presidente a 8ª Turma. Em seguida, o relator, desembargador
João Pedro Gebran Neto, fará leitura do relatório do processo. O primeiro a se
manifestar será o Ministério Público Federal (MPF), responsável pela acusação,
que terá 30 minutos.
Além de Lula, foram condenados também o
ex-presidente da OAS, José Aldemario Pinheiro Filho (10 anos e 8 meses de
prisão), o ex-diretor da área internacional da OAS, Agenor Franklin Magalhães
Medeiros ( 6 anos). Paulo Okamotto, ex-presidente do Instituto Lula, foi
absolvido mas apelou e pediu troca dos fundamentos da sentença. O Ministério
Público Federal recorreu contra a absolvição de outros três executivos da OAS:
Paulo Roberto Valente Gordilho, Roberto Moreira Ferreira e Fábio Hori Yonamine.
Depois do MPF, se pronunciam os
advogados de defesa de todos os réus. Cada um deles tem 15 minutos para falar e
reforçar seus argumentos.
Ao término das manifestações das
defesas, Gebran lê seu voto e passa a palavra para Paulsen, que é revisor do
processo e profere seu voto. O último a apresentar seu voto é o desembargador
Victor Laus. Paulsen proclama o resultado. Caso haja pedido de vista, o
julgamento é adiado para sessão futura.
Com O Globo