Sábado, 17 de março de 2018
Fifa, presidida por Gianni Infantino, deve oficializar o VAR na Copa deste ano (Foto: Osman Orsal / Reuters)
Copa do Mundo de 2018, na Rússia, será
a primeira da história a usar a tecnologia do árbitro de vídeo para ajudar a
arbitragem a resolver lances polêmicos. A novidade será anunciada nesta
sexta-feira em Bogotá, na Colômbia, após reunião do Conselho da Fifa –
instância que toma as principais decisões no futebol mundial.
O VAR (sigla em inglês para Video
Assistant Referee) já havia sido incluído nas regras do futebol pela International Board duas
semanas atrás, e seu uso na Copa do Mundo já era dado como certo desde então. A
aprovação do Conselho era a última etapa do processo.
A reunião do Conselho da Fifa nesta
sexta-feira também vai definir a forma de votação para a escolha da sede da
Copa do Mundo de 2026, a primeira a ser disputada por 48 seleções. Há duas
candidaturas: Marrocos e a aliança formada por EUA, México e Canadá.
A última votação para sede da Copa do
Mundo promovida pela Fifa foi marcada por escândalos de corrupção. Em 2010, uma
eleição dupla teve como vencedores a Rússia como sede do Mundial de 2018, e o
Catar como vencedor da disputa por 2022.
Até então, só os membros do Comitê Executivo
(atual Conselho da Fifa) participavam da votação. Por causa das denúncias de
corrupção – que depois seriam ampliadas pelo "Caso Fifa" – a entidade
tirou o poder de decisão do Comitê Executivo e delegou a escolha para todos os
filiados.
Assim, a sede do Mundial de 2026 será
escolhida pelos 211 integrantes da Fifa – e não por um pequeno grupo. Ainda
assim, há dúvidas sobre o processo de votação que serão sanadas nesta
sexta-feira. A maior delas é se o votação será aberta ou fechada. Há quem
defenda o voto secreto, por entender que isso inibe pressões. Mas a tendência é
que a Fifa decida por uma votação aberta.
A reunião do Conselho Fifa também vai
votar mudanças no calendário do futebol mundial. A entidade quer aprovar a
criação de uma Liga Mundial feminina de seleções, e também deseja extinguir os
Mundiais sub-20 e sub-17 para substituí-los por um torneio anual sub-18 com 48
seleções.
Outros assuntos na pauta do Conselho da
Fifa são o futuro do Mundial de Clubes e mudanças nas regras para transferência
de jogadores. Os dois temas ainda serão debatidos por mais tempo até que se
chegue a decisões definitivas.
Globo Esporte