Segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
A presidente do PT, senadora
Gleisi Hoffmann (PR), e o governador Ricardo Coutinho (PSB) estiveram presentes
no velório do trabalhador do Movimento das Trabalhadoras e Trabalhadores
Sem Terra (MST) da Paraíba, José Bernardo da Silva conhecido como ‘Orlando’,
que foi assassinado na noite de sábado (8).
A
senadora deixou sua mensagem para a família do trabalhador, falou sobre
minorias, desenvolvimento, reforma agrária e sobre as irregularidades do
presidente eleito.
“Um
país como esse pode dizer que tá caminhando para o desenvolvimento, não vai ter
desenvolvimento, não vai ter paz social enquanto alguns passam fome,
enquanto alguns precisam morrer para ter algo para comer. Não adianta o
presidente eleito dizer que vai matar quem é do MST, porque são vagabundos, se
tem vagabundo é ele que ta recebendo dinheiro irregular que não prestou contas
até agora e que ganhou uma eleição em cima de mentira.”
Durante
seu discurso para militantes, familiares e amigos da vítima, o governador
criticou a criminalização dos movimentos sociais e ondas fascistas espalhadas
pelo país. Ricardo também pediu que a população colaborasse com as
investigações e que não tivessem medo de comunicar a menor das informações.
“Vamos
punir não apenas o executor, mas quem mandou matar. Se a gente não punir, a
porta estará aberta para muitos e muitos outros casos porque isso voltaria a
ser uma rotina ou voltará a ser uma rotina nesse país”, disse.
O
sepultamento acontece na cidade de Mari, na Região da Mata do estado. O enterro
deve acontecer às 9h, no Cemitério São Sebastião, no município.
ENTENDA O CASO
Dois
homens foram assassinados na noite deste sábado (08), por volta das 19h30, por
três homens armados, enquanto jantavam no acampamento Dom José Maria Pires, em
Alhandra.
Três
homens invadiram o acampamento e foram até o local onde estavam José Bernado da
Silva, 46 anos, e Rodrigo Celestino, de 38 anos, e efetuaram três disparos em
cada uma das vítimas com uma arma de fogo calibre 12 e mais dois revólveres.
Uma
das linhas de investigação da PM é de execução, já que nada foi levado do
acampamento, inclusive, uma quantia de mais de R$ 2.700 reais que uma das
vitimas portava.
Fonte: Polêmica PB