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Taquicardia, dor no peito e medo da morte: saiba mais sobre a Síndrome do Pânico

Domingo, 07 de abril de 2019
Taquicardia, dor no peito, asfixia, náusea, medo de morrer, de perder o controle, de enlouquecer, são alguns dos sintomas conhecidos da Síndrome do Pânico. O Brasil é o país com o maior número de casos de transtornos de ansiedade no mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), 9,3% dos brasileiros têm algum tipo de transtorno de ansiedade.

A Síndrome do Pânico, ou Transtorno de Pânico, compreende crises repentinas de ansiedade aguda, marcadas pelo medo da morte e por sintomas físicos e emocionais. Em geral, o episódio de ataque de pânico tende a durar cerca de dez minutos, e durante esse período o paciente tem a plena certeza de que irá morrer.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem chamado a atenção para a saúde mental, patologia que atinge cerca de 4% da população mundial, aproximadamente 280 milhões de pessoas.

Após o primeiro episódio de crise de ansiedade, de acordo com o psiquiatra Tarcísio Rufino, o paciente passa a ter medo de uma nova crise e, segundo ele, quando o primeiro registro está relacionado a um determinado lugar ou situação, a pessoa sente um forte receio de se expor a mesma situação ou até mesmo de voltar àquele lugar. “A grande tendência de se ter uma crise naquele local é muito grande. O paciente passa a ter medo de ter uma nova crise. É um medo antecipatório de ter uma nova crise”, explicou o médico.

Sensação de desmaio, desconforto abdominal, dor no peito que se estende para o braço esquerdo semelhante à dor de um infarto, sudorese, coração acelerado... Os sintomas físicos são inúmeros e reais. É bem comum nas pessoas que desenvolvem a Síndrome do Pânico que procurem inicialmente médicos de especialidades ligadas aos sintomas físicos. O Dr. Tarcísio esclarece que quanto mais o paciente demorar a buscar o tratamento psicológico mais intensas podem ficar as crises. “Virão mais crises em um curto período de tempo, intensificando os sintomas”, afirmou o psiquiatra. O médico alerta ainda que este tipo de transtorno pode levar à depressão. “Imagine a pessoa sentir todos esses sintomas, isso vai deprimi-la, vai deixá-la mais triste, ela vai diminuir a vontade de tentar sair. Então, a Síndrome do Pânico pode sim levar uma pessoa a depressão”.

Acredita-se que as causas dos transtornos de ansiedade, em especial a Síndrome do Pânico, possam estar ligadas a fatores genéticos, sociais, estresse, uso de drogas, assim como o consumo abusivo de medicamentos.

Além do acompanhamento psicológico, o tratamento do transtorno de pânico inclui, na maioria das vezes, a prescrição de medicamentos antidepressivos. “Depende do caso, o tratamento ajuda muito. Mas é preciso pensar também não apenas no tratamento medicamentoso, mas também a parte psicológica, identificar tudo aquilo que nos estressa, que nos deixa angustiado, o nosso ambiente de trabalho. O tratamento é multidisciplinar”, declarou dr. Tarcísio. É importante, de acordo com o médico, que a família também contribua para a cura.

O médico alertou que não é possível estabelecer um prazo para o término do tratamento, já que vai depender da real situação do paciente. “Existem casos mais graves, casos moderados, então depende muito”, esclareceu.





Fonte: PB Agora
Foto: Jakub Krechowicz/Fotolia

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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