Quarta-feira, 17 de julho de 2019
© Gabriela Biló/Estadão Maia voltou a defender a inclusão de Estados e municípios na reforma da Previdência
BRASÍLIA – O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), defendeu nesta terça-feira, 16, que todos os
governadores de Estado colaborem para a proposta de emenda constitucional (PEC)
paralela que deve ser apresentada no Senado como saída
para reincluir Estados e municípios na reforma da Previdência.
A ideia da PEC paralela tem ganhado força e, por meio dela, o Senado
colocaria Estados e municípios na reforma, remetendo depois
essa proposta de forma fatiada para a Câmara para apreciação, sem comprometer a
PEC da reforma da Previdência.
“A gente vai precisar que o PT,
PSB, PDT, PCdoB possam ajudar a aprovar a PEC paralela, senão vai acabar tendo
obstrução de alguns pelos mesmos motivos que nós tivemos que tirar Estados e
municípios da PEC da Previdência encaminhada pelo governo”, afirmou Maia, que
reuniu-se nesta terça-feira informalmente com deputados para debater a pauta do
segundo semestre da Câmara.
Maia voltou a defender a
inclusão de Estados e municípios na reforma da previdência e lembrou que o
déficit previdenciário dos Estados tem atrapalhado a capacidade de investimento
dos entes federativos. “Se você não controlar esse gasto, (…) vamos ter mais
dificuldade que os Estados paguem os salários, paguem as próprias
aposentadorias e pensões e façam também investimentos. Então, é claro que sou a
favor que organize o sistema. Mas, no caso dos Estados, principalmente, tem o
embate político, e a gente não pode deixar de dar clareza a ele. Tem Estados em
que os governadores estão defendendo a inclusão dos seus Estados, mas seus
deputados estão votando contra”, ressaltou o presidente da Câmara.
Segundo ele, com uma votação
mais ampla no Senado dessa PEC paralela, já seria uma sinalização de um
ambiente melhor de voto na Câmara. Maia destacou que será importante que todos
os 27 governadores colaborem com a PEC paralela para que a votação tenha amplo
apoio.
Sobre a votação da PEC da
previdência no segundo turno, na Câmara, Maia reafirmou a previsão de votação
nos dias 6, 7 e 8 de agosto e já no dia 8 encaminhar a proposta ao Senado.
“Estamos trabalhando para isso. Agora não pode errar. Não pode errar no quórum,
nos destaques”, disse Maia lembrando da necessidade de administrar os horários
em que o quórum do plenário cai, como hora do almoço e do jantar, o que pode
atrapalhar o resultado final da votação.
Questionado sobre a possibilidade
de a PEC da previdência sofrer alguma desidratação na votação do segundo turno
na Câmara, Maia afirmou que, pelas votações de outras PECs no passado, não deve
haver surpresa. “Espero que a gente não tenha essa surpresa negativa”, afirmou,
lembrando que o quórum de votação da PEC no primeiro turno na semana passada
foi o maior da história.
Maia disse que está aproveitando
que os deputados estão em Brasília até quarta-feira, 17, quando começa o
recesso parlamentar, para conversar e fazer uma radiografia do resultado das
votações da semana passada, para que possa chegar no dia 6 de agosto sem nenhum
tipo de risco de que o resultado do segundo turno não será igual ao primeiro.
Estadao.com.br