Quinta-feira, 25 de maio-(05) de 2023
Vice presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo, integra a Comissão
Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) para investigar os atos antidemocráticos
ocorridos em 8 de janeiro
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"Colocou em dúvidas as urnas e o processo eleitoral, instigando e estimulando os brasileiros a desconhecerem suas instituições e a lisura do processo", afirmou. (Foto: reprodução) |
O vice presidente do Senado, Veneziano Vital do Rêgo, que integra
a Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) para investigar os atos
antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro, disse, em entrevista ao programa
Arapuan Verdade, nesta quinta-feira (25), que o ex-presidente Bolsonaro teria
participado dos atos quando "colocou em dúvidas as urnas e o processo
eleitoral, instigando e estimulando os brasileiros a desconhecerem suas
instituições e a lisura do processo", afirmou.
Ao ser questionado acerca de qual foi a influência de Bolsonaro nos
atos, o senador destacou que "a participação dele se deu quando se
calou e se omitiu, mesmo sendo quem era, o presidente. Todo aquele
processo, que não surgiu do dia para a noite, que foi gestado, antes mesmo
do processo eleitoral, até eclodir de maneira deliberada e definida com
organizações a pensar e fazer o mal com a quase tragédia que instalaram e
incendiaram que eclodiu no dia 8 de janeiro", analisou como acompanhou o
ClickPB.
"Você tem a participação de Bolsonaro por também
ele ter se omitido e por ter colocando em dúvida o processo eleitoral e as
urnas. Ele foi instigando e instigando, e milhares de brasileiros foram sendo
estimulados com essas atitudes, um estimulo a desconhecer as regras e as nossas
instituições e o fez, ainda quando presidente, de não reconhecer o resultado
das urnas, quando deixou células em frente aos quarteis desacreditando do
resultado das urnas. Ele calou-se e silenciou-se, e sendo o que ele era a
culpa se deu pela omissão", declarou.
Segundo ele, a expectativa em torno do andamento da CPMI deve
amenizar as narrativas de colocar a 'culpa' no atual presidente Lula sobre os
atos. "No dia 8 de janeiro eu estava lá. É de comum constatação que as
estruturas de inteligência e de segurança falharam. Mas, entre a falha, a
narrativa de que foi planejada, não cola. E esse é o propósito dessa
CPMI", destacou.
"Reconhecendo que o longo caminho já percorrido se deu pelas
investigações do Supremo Tribunal Federal, Ministério Público e Polícia
Federal. Sabemos onde quer chegar a oposição. Fatos novos que estão a
envolver o major e demais policiais que foram presos por força de ter determinado
que os seus companheiros não cumprissem a obrigação de garantir a
segurança", disse esclarecendo sobre o objetivo da Comissão para colaborar
com a verdade e sanar esse capítulo da história do país.
Por: Emmanuela Leite - ClickPB