Segunda-feira, 12 de junho-(06) de 2023
Foram
apreendidas 13 escavadeiras hidráulicas, trator esteira, seis motocicletas,
três quadriciclos, 61 barracos, 16 motores geradores de energia, 20 motores
bombas, sete dragas, e nove armas.
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Dez garimpos ilegais destruídos e R$ 4,5 milhões em multas aplicadas. (Foto: Pixabay/Ilustrativa) |
Dez garimpos ilegais destruídos e R$ 4,5 milhões em multas aplicadas.
Esse é o saldo de 17 dias de atuação da Força-Tarefa de Segurança Pública
Ambiental na Floresta Nacional de Urupadi, localizada em Maués (AM), na região
sul do Amazonas, a cerca de 267 quilômetros de Manaus.
Composta por agentes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal
(PRF) e da Força Nacional, além de servidores da Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), a força-tarefa deflagrou a chamada Operação Aurum em
18 de maio. O balanço da iniciativa, encerrada no último dia 3, foi divulgado
neste sábado (10).
Segundo a PF, foram apreendidas 13 escavadeiras hidráulicas, um trator
esteira, seis motocicletas, três quadriciclos, 61 barracos, 16 motores
geradores de energia, 20 motores bombas, sete dragas, além de nove armas de
fogo e outros equipamentos usados no garimpo ilegal, como embarcações e
mercúrio.
Espécies raras
A Floresta Nacional de Urupadi foi criada em maio de 2016. Na mesma ocasião,
o governo federal criou outras quatro unidades de conservação (UCs) federais
(Área de Proteção Ambiental Campos de Manicoré; Reserva Biológica Manicoré;
Parque Nacional do Acari e a Floresta Nacional do Aripuanã) e ampliou a área da
Floresta Nacional Amana.
Na ocasião, o ICMBio sustentou que a criação das novas unidades de
conservação entre as bacias dos rios Madeira e Tapajós representava “uma nova
fronteira de desenvolvimento socioambiental”, reforçando ações
conservacionistas no sul do Amazonas, região que, segundo o instituto, é de
extrema importância ambiental.
Ainda de acordo com o ICMBio, a região abriga exemplares de pássaros e
primatas endêmicos, ou seja, que só são encontrados naquela área. Só entre os
primatas locais, há três espécies endêmicas (Mico manicorensis, Callibella
humilis, Callicebus bernhardi) e nove consideradas vulneráveis à extinção. Além
disso, especialistas estimam que 800 espécies de aves vivam na região, o que
equivale à quase metade de todo o conjunto de aves registradas no Brasil. Além
disso, algumas das aves encontradas na região ainda são pouco conhecidas por
cientistas – que também já apontaram a possibilidade de haver, na região,
espécies de peixes ainda não descritas por especialistas.
Ao criar e ampliar as unidades de conservação, em maio de 2016, o
governo federal assegurou que a medida permitiria “o incremento da economia
local baseado no manejo florestal sustentável” e que, em parte da área seria
possível desenvolver o ecoturismo, dadas a beleza natural da região. Quanto à
Floresta Nacional de Urupadi, o Instituto Chico Mendes informou que a unidade
proporcionaria “maior segurança para a Estação Ecológica (Esec) Alto Maués,
contribuindo para a conservação de primatas que vivem na área”.
Por: Agência Brasil