Sábado, 05 de agosto-(08) de 2023
Matéria do Portal Metrópoles
Sorrindo e com tom de
deboche, Leonardo Silva, 18 anos, confessou
que matou e enterrou Nilza Costa Pingoud,
62 anos, em Barretos (SP). O corpo da mulher foi encontrado na quintal da casa
onde ela morava, local onde a vítima
também acolheu o suspeito.
Preso na manhã
dessa quinta-feira (3/8), em Frutal (MG), Leonardo disse que matou a vítima
“por diversão”. Segundo ele, o crime valeu a pena. “Matei, gente (…), por
diversão também. Estava [com raiva], por muitas coisas, gente. Minha vida é uma
série. (…) Eu vou matar e vou me arrepender depois? Então, não adiantava eu
matar. Que bandido é esse? Valeu [a pena]”, disse ele na porta da delegacia.
Corpo no quintal
O corpo de Nilza
foi encontrado no quintal da casa onde ela morava, na última terça-feira (1º/8).
Ela era viúva havia quatro anos e vivia sozinha em uma casa da Rua L6, no
bairro Los Angeles, em Barretos. A polícia chegou até o local depois que
vizinhos da mulher foram até a delegacia e registraram ocorrência do
desaparecimento dela, que não era vista há, pelo menos, sete dias.
Um investigador foi
até o local e, ao subir no muro, percebeu que a terra do jardim no quintal da
residência estava remexida. Ele entrou no imóvel com a chave da casa dada por
Nilza a uma vizinha e encontrou o corpo dela enterrado. Conforme o registro
policial, o celular da vítima não foi encontrado na casa. A princípio, o crime
foi registrado como latrocínio (roubo com morte).
Segundo o delegado
responsável pela apuração do caso, Rafael Faria Domingos, há indícios de movimentação
recente nas contas bancárias da vítima. Leonardo foi identificado por imagens
das câmeras de segurança instaladas na casa da vítima.
Travesti
De acordo com Domingos, Leonardo chegou a morar nos fundos da casa da
vítima e teria se apresentado como travesti para ser acolhido por ela, mas um
desentendimento entre os dois fez com que ele se mudasse da cidade.
O delegado afirmou também que devem ser investigados os motivos para o
acolhimento do suspeito. “Esse sujeito, anteriormente, se apresentava como travesti,
e ela o teria acolhido para residir na residência dela, por motivos ainda a se
apurar. Atualmente, ele não se apresenta como travesti”, detalhou Rafael ao
portal G1.
Leonardo esteve em Barretos em 22 de julho e sondou a residência da
vítima. Na madrugada para 24 de julho, o jovem pulou o muro da casa e ficou
escondido em um quarto nos fundos. Quando amanheceu, ele a surpreendeu no
cômodo e a matou por asfixia com um fio.
Antes de enterrar o corpo no quintal, o suspeito permaneceu na casa por
alguns dias.
Vingança
Ainda de acordo com o delegado, em depoimento, o autor informou que o
crime foi uma vingança, porque teria abandonado um emprego para trabalhar na
casa de Nilza com serviços domésticos.
O combinado acabou sendo desfeito, porque a vítima disse que ele não
tinha compromisso e o dispensou. Ele ficou sem o emprego anterior, sem lugar
para morar e, “com muita raiva”, segundo Leonardo, começou a planejar a morte
dela.
Atitude suspeita
À polícia vizinhos de Nilza disseram que viram um homem em atitude
suspeita na casa da mulher, há cerca de uma semana, na porta do imóvel. Esse
homem teria se identificado como sobrinho da vítima.
Contudo, um vizinho relatou que comentou com os familiares de Nilza
sobre o homem, e eles disseram desconhecer esse suposto parente.
Por: Metrópoles