Quarta-feira, 24 de janeiro-(01) de 2024
Matéria do Portal Paraíba.com
Imagem: Rovena Rosa / Agência Brasil
Os deslizamentos de terra em São Sebastião (SP), em fevereiro do ano
passado, com 64 mortes, e no Vale do Taquari (RS), em setembro, que registrou
53 mortes e 5 pessoas, não foram ocorrências isoladas.
Desastres socioambientais como transbordamentos de rios e deslizamentos
de terra fizeram com que o ano de 2023 tivesse o maior número de ocorrências
desses gêneros, segundo apontou o Centro Nacional de Monitoramento e
Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). O órgão somou 1.161 eventos como esses
de origem hidrológica (716 registros) e geológica (445 casos).
Segundo o Cemaden, as ocorrências seguiram o padrão de concentração em
capitais e regiões metropolitanas. O levantamento mostrou que a maior parte
está localizada na faixa leste do país.
Além dos desastres, o Cemaden emitiu um total de 3.425 alertas para os
municípios monitorados ao longo do ano passado. Foram 1.813 registros
hidrológicos e 1.612, geohidrológicos. O órgão aponta que foi o terceiro maior
quantitativo de emissão de alertas de desastres desde a criação do Centro em
2011.
A instituição monitora 1.038 municípios (18,6% das cidades do país e 55%
da população nacional). O trabalho é realizado 24 horas por dia. O Cemaden
explicou que a maior parte dos alertas emitidos foi enviada para regiões
metropolitanas, ao Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul, Vale do Itajaí, em
Santa Catarina. Petrópolis lidera o ranking de municípios,
tendo recebido 61 alertas, seguido de São Paulo com 56, e Manaus 49.
O Cemaden explica que a temperatura média global em 2023 ficou 1.45 ºC
acima dos níveis pré-industriais (1850-1900). “As temperaturas mais quentes
contribuem globalmente para a intensificação de chuvas e enxurradas,
intensificação de ciclones extratropicais com potencial destrutivo, mortes e
prejuízos econômicos”, ponderou o órgão.
Por: Portal Paraiba.com