Quarta-feira, 03 de abril-(04) de 2024
Instituto alerta para pessoas com
crachá falsificado que estão batendo na porta de beneficiários para fazer
'prova de vida presencial'; fé de vida tem regras
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) |
O INSS (Instituto Nacional do Seguro
Social) emitiu alerta na última quinta-feira (18) sobre falsários se passando
por funcionários do órgão. A denúncia foi feita em São Paulo, por um servidor
do instituto.
Os golpistas estavam se passando por
servidores do órgão, indo até a casa das vítimas com falsos crachás para
realizar a “prova de vida presencial”, solicitando dados e foto dos
beneficiários.
O segurado deve ficar atento e nunca
atender “funcionários” do instituto em suas casas. Isso porque o órgão não
envia trabalhadores de porta em porta. Além disso, nenhum benefício será
cortado neste ano por falta de prova de vida até o dia 31 de dezembro.
A prova de vida ou fé de vida mudou.
Desde 2022 é obrigação do INSS comprovar que o beneficiário está vivo por meio
do cruzamento de dados federais, estaduais, municipais e instituições, como
vacinação, consultas médicas, empréstimo consignado e muitas outras formas.
O advogado Rômulo Saraiva diz que não é
proibido um funcionário do INSS ir à casa de um beneficiário, mas que isso
acontece em situações raríssimas e, ainda assim, a pessoa é notificada pelo
aplicativo Meu INSS ou pela Central Telefônica 135.
Saraiva também diz que para saber se é
um fraudador, é preciso ligar para a Central 135 ou abrir o aplicativo do INSS.
“A melhor recomendação é repelir essa abordagem, porque 99% desses casos é
fraude”, diz.
Caso a pessoa tenha passado as
informações, é importante realizar um boletim de ocorrência e no aplicativo,
bloquear a função de empréstimo consignado e alterar a senha do Meu INSS.
Segundo o INSS, o caso já foi levado à
Procuradoria Federal Especializada que atua no órgão, mas ainda não foi
possível localizar as pessoas que tentaram aplicar o golpe.
O que é a prova de vida do INSS?
A prova de vida ou fé de vida é a comprovação
que o beneficiário do INSS continua vivo e pode continuar recebendo o benefício
previdenciário. Evitando assim, fraudes e pagamentos indevidos.
O público-alvo são pensionistas,
aposentados ou qualquer pessoa que receba algum benefício do governo.
Como é feita a prova de vida?
Agora é responsabilidade do INSS
comprovar que o beneficiário está vivo. A prova é feita por meio do cruzamento
de dados, que podem ser:
– Pelo aplicativo Meu INSS
– Empréstimo consignado, feito por reconhecimento biométrico
– Vacinação
– Votação nas eleições
– Consultas médicas através do SUS ou rede conveniada
– Atendimento presencial em agências do INSS
– Atualização no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo
Federal)
– Recebimento do pagamento de benefício
– Declaração de Imposto de Renda
O que acontece quando não se consegue
fazer a prova de vida?
Caso o INSS não consiga comprovar que o
segurado está vivo, o beneficiário será notificado pelo aplicativo Meu INSS,
pela Central 135 ou por um comunicado do banco que realize em até 60 dias algum
dos procedimentos listados para o cruzamento de dados, como uma consulta médica
pelo SUS.
Se ainda assim não for comprovado ou o
procedimento não seja realizado, então o INSS enviará um servidor até o
endereço cadastrado para a realização para prova de vida.
A prova de vida é feita no mês do
aniversário do segurado?
Segundo o INSS, desde a publicação da
portaria 723, de 8 de março de 2024, a prova de vida não é mais no aniversário.
Agora, o marco é a última prova de vida processada. A partir dessa data, o INSS
tem dez meses para identificar que o segurado está vivo.
Como saber se minha prova de vida já
foi realizada?
É possível obter essa informação no
aplicativo ou site Meu INSS ou ligando para a Central de Atendimento telefônico
135 para verificar a data da última confirmação de vida do INSS.
Posso fazer a prova de vida no banco?
Apesar de não ser mais obrigatória, a
pessoa poderá fazer a sua prova de vida na rede bancária, caso queria. Basta ir
a uma agência da rede bancária.
Por: Victória Batalha - São Paulo, SP
(Folhapress)