Quarta-feira, 16 de outubro-(10) de 2024
Presidente lembrou que profissão já foi considerada nobre, mas
que hoje ‘está sendo destruída’ por diversos motivos
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O presidente Lula em agenda em MG (Foto: Ricardo Stuckert/PR – 27.06.2024) |
“Toda vez que a gente está cuidando de
fazer política social, é tratada como gasto. Toda vez. É inacreditável… Agora,
nós descobrimos outra coisa, que vai entrar na minha pauta quando eu voltar,
que é a questão dos professores. Ontem foi dia dos professores”, iniciou
Lula. As
informações são do R7, parceiro nacional do Portal Correio.
“Eu lembro que quando aprovamos o piso
salarial [da categoria], muitos governadores [na época] não queriam pagar
porque não tinham dinheiro. E olha que é um salário merreca para alguém que
toma conta de 40 alunos numa sala de aula”, completou.
Durante a cerimônia, Lula relatou que a profissão de professor já
foi nobre no país, mas que hoje “está sendo destruída”. Isso ocorre, de acordo
com o presidente, porque “ninguém quer ser mais professor”. Então, afirmou que
vai ter que criar um programa de incentivo.
“Nós vamos ter que
criar um programa de incentivo para alunos, que prestarem o Enem, para fazer
curso para se transformarem em professores. Ganha muito pouco, tem muito
trabalho, as pessoas não querem”.
Programa
As declarações
foram dadas por Lula durante agenda no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).
Na ocasião, o governo anunciou uma série de medidas voltadas para o
abastecimento alimentar e a produção orgânica, nesta quarta-feira (16), data em
que se comemora o Dia Mundial da Alimentação. Entre as iniciativas, por
exemplo, está o investimento de R$ 1 bilhão para a compra de até 500 mil
toneladas de arroz.
“A gente fica
estarrecido de que 733 milhões de seres humanos vão dormir toda noite sem ter
que o comer. A gente pode dizer que existe seca, excesso de chuva, mas a
verdade é que a única explicação para a existência da fome é uma coisa chamada
irresponsabilidade de quem governa os países, os estados”, afirmou Lula.
“Nós já tiramos,
em um ano e 10 meses de governo, 24,5 milhões de pessoas do Mapa da Fome. E a
nossa ideia é tirar todos da fome até terminar o mandato em 2026… É um desafio
ao mundo, porque não existe explicação, com o avanço tecnológico, da genética,
a gente é capaz de produzir muito mais alimento do que se consome”, finalizou.
Por:
Plínio Aguiar,
do R7, em Brasília