Segunda-feira, 01 de novembro-(11) de 2024
Em 2024, 40 adoções foram realizadas, sendo mais crianças adotadas do que adolescentes
Mais de 80 crianças e adolescentes estão disponíveis para adoção
na Paraíba e, atualmente, 500 pessoas habilitadas para adotar.
Em João Pessoa, a capital do estado, estão disponíveis cinco
crianças e adolescentes para adoção, sendo dois adolescentes e um grupo de três
irmãos. Esses dados são acompanhados por 275 pretendentes que buscam realizar o
sonho da adoção, conforme informações fornecidas pelo juiz Adhailton Lacet,
titular da 1ª Vara da Infância e Juventude da Comarca da Capital.
Segundo
o juiz, no contexto da adoção tardia, estão inseridas as crianças com mais de
cinco anos, também chamadas de "adoção necessária", um conceito que
visa conscientizar sobre a adoção de crianças que, muitas vezes, têm mais
dificuldades em serem adotadas devido à faixa etária.
“Toda adoção é necessária, não importa a faixa etária da
criança. Desde 2011, temos trabalhado para conscientizar os habilitados, casais
e pessoas singulares, para ampliar o perfil de adoção junto ao Sistema Nacional
de Adoção e Acolhimento e realizar a adoção necessária ou tardia",
destacou o juiz Adhailton Lacet.
O juiz ainda ressaltou que a adoção de crianças mais velhas pode
ser tão bem-sucedida quanto a de bebês. Em 2024, 40 adoções foram realizadas,
sendo mais crianças adotadas do que adolescentes, mostrando que o perfil de
adoção está se diversificando e que as pessoas estão mais abertas à ideia de
adotar crianças maiores.
Adhailton Lacet também mencionou que a adoção ilegal está
diminuindo, com as pessoas compreendendo melhor os processos legais. Isso evita
a prática da "adoção à brasileira" ou a adoção feita sem o crivo da
Justiça infantojuvenil, como nos casos de entrega direta de crianças para
terceiros, sem o devido processo legal.
O processo de adoção na Paraíba passa por várias etapas,
começando com a habilitação, onde os pretendentes passam por uma avaliação
psicossocial realizada pela equipe técnica do juízo.
Após a habilitação, os candidatos participam de um curso de
adoção, e seus nomes são inseridos no Sistema Nacional de Adoção (SNA). Quando
uma criança ou adolescente compatível é identificada no sistema, é iniciado o
processo judicial de adoção, que inclui uma audiência e a avaliação do juiz.
Por: Notícia Paraíba