Sábado, 08 de março-(03) de 2025
Caso aconteceu na Carolina do Sul, EUA. O homem foi condenado
por ter espancado até a morte os pais de sua ex-namorada com um taco de
beisebol
![]() |
Brad Sigmon, 67 (Imagem: Reprodução/ YouTube ABC) |
Um homem condenado por duplo homicídio
na Carolina do Sul será executado nesta sexta-feira (7) por um pelotão de
fuzilamento. O método não é usado nos EUA há quase 15 anos, e nunca foi
praticado no estado.
Brad Sigmon, 67, escolheu a opção de
fuzilamento. Ele tinha outros dois métodos de execução aprovados pelo estado,
injeção letal e cadeira elétrica.
O homem foi condenado por ter espancado
até a morte os pais de sua ex-namorada com um taco de beisebol. Após os
assassinatos em 2001, ele ainda sequestrou a ex-companheira sob ameaça de uma
arma, mas ela conseguiu escapar.
Três agentes estão programados para disparar munições contra ele a
4,5 metros de distância. Nesta sexta-feira às 18h do horário local (20h do
horário de Brasília), ele será preso em uma cadeira de aço, com um capuz sobre
sua cabeça, enquanto os guardas miram em seu coração na câmara de execução do
Departamento de Correções da Carolina do Sul.
Os advogados de
Sigmon afirmaram que ele enfrentou uma escolha impossível entre ”métodos
bárbaros”. Um deles, Gerald King, disse em comunicado à imprensa que o seu cliente
corria o risco de uma morte prolongada com as outras alternativas e, por isso,
”escolheu o melhor que pode”.
Ativistas pedem
clemência. Grupos contrários à pena de morte realizaram uma vigília ontem e
entregaram milhares de petições assinadas ao gabinete do governador Henry
McMaster, solicitando que ele interrompesse a execução. Até agora, a suspensão
não parece provável.
Apenas três
execuções por pelotão de fuzilamento foram feitas nos EUA desde 1976, todas em
Utah. Cinco estados americanos autorizam atualmente o método, são eles: Idaho,
Mississippi, Oklahoma, Carolina do Sul e Utah.
Pessoas veem o
fuzilamento como ”bárbaro”. À AP, Deborah Denno, criminologista da Faculdade de
Direito de Fordham, explicou que a realidade sangrenta desses assassinatos levaram
os estados a recorrerem a partir de 1980 à injeção letal – um procedimento
visto como ”mais humano”.
Injeção letal, no
entanto, se tornou o método de execução mais frequentemente malfeito, de acordo
com o Death Penalty Information Center. Autópsias de pessoas executadas por
injeção já encontraram líquido espumoso e sangrento enchendo as vias aéreas dos
pulmões, o que alguns médicos dizem indicar que a o condenado experimentou a
dolorosa sensação de afogamento antes de morrer.
Alguns
pesquisadores e membros do judiciário pedem aos formuladores de políticas que
reconsiderem os pelotões de fuzilamento. A juíza da Suprema Corte Sonia
Sotomayor argumentou em 2017 que, além de ser instantânea, ”a morte por tiro
pode ser comparativamente indolor”.
Por: São Paulo, SP (Folhapress)