Terça-feira, 29 de julho-(07) de 2025
Relatório
da ONU confirma que o Brasil reduziu a subnutrição para menos de 2,5% da
população. Governo celebrou a meta alcançada antes do previsto
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| Lula comemora resultado (Foto: Ricardo Stuckert) |
Pela segunda vez, o Brasil deixa o Mapa da Fome das Nações Unidas. O
anúncio aconteceu durante a 2ª Cúpula de Sistemas Alimentares (UNDFSS+4), em
Adis Abeba, na Etiópia, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e
a Agricultura (FAO), nesta segunda-feira (28). A informação é baseada nas
médias trienais – 2022 a 2024 – e foi divulgada no Relatório O Estado da
Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025). De acordo com a
FAO, o percentual da população brasileira sob risco de subnutrição diminuiu para
menos de 2,5%.
A conquista foi alcançada em tempo recorde. Em
2022, o Brasil enfrentava um cenário crítico de insegurança alimentar. Ainda
assim, em apenas dois anos de governo, o país conseguiu reverter esse quadro,
graças a uma combinação de políticas sociais, incentivo ao trabalho e
valorização da agricultura familiar.
“Sair do Mapa da Fome era o objetivo primeiro do
presidente Lula ao iniciar o seu mandato em janeiro de 2023. A meta era fazer
isso até o fim de 2026”, relembrou o ministro do Desenvolvimento e Assistência
Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias. “Mostramos que, com o Plano
Brasil Sem Fome, muito trabalho duro e políticas públicas robustas, foi
possível alcançar esse objetivo em apenas dois anos. Não há soberania sem
justiça alimentar. E não há justiça social sem democracia.”
Avanços no combate à pobreza – Segundo dados do
IBGE e do Ministério do Desenvolvimento Social, entre 2022 e 2024, cerca de 24
milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave. Em paralelo, a
pobreza extrema foi reduzida a 4,4% em 2023, o menor índice da série histórica,
tirando quase 10 milhões de pessoas dessa condição desde 2021.
O bom desempenho econômico também contribuiu para
os resultados. Em 2024, o Brasil alcançou a menor taxa de desemprego desde 2012
(6,6%) e bateu recordes de renda domiciliar per capita, que chegou a R$ 2.020.
A desigualdade também recuou: o índice de Gini caiu para 0,506, impulsionado
pelo crescimento de 10,7% na renda do trabalho dos 10% mais pobres — um ritmo
50% superior ao dos mais ricos.
Boa parte dessa transformação tem origem no fortalecimento
dos programas sociais. Segundo o Caged, 98,8% das 1,7 milhão de vagas com
carteira assinada criadas em 2024 foram ocupadas por pessoas registradas no
Cadastro Único, sendo que 1,27 milhão eram beneficiárias do Bolsa Família. Com
o aumento da renda, cerca de um milhão de famílias deixaram de receber o
benefício em julho de 2025.
De acordo com Wellington Dias, o sucesso do combate
à fome está diretamente ligado à articulação de políticas complementares: “Essa
vitória é fruto de políticas públicas eficazes, como o Plano Brasil Sem Fome,
que engloba o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos, o Programa
Cozinha Solidária, a valorização do salário mínimo, o crédito para a
agricultura familiar, o incentivo à qualificação profissional, ao emprego e ao
empreendedorismo, além do fortalecimento da alimentação escolar.”
O feito de 2025 marca a segunda vez que o Brasil
sai do Mapa da Fome sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — a
primeira foi em 2014. O retorno ao mapa ocorreu a partir do triênio 2018-2020,
após o desmonte de diversas políticas sociais.
Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza – Durante
sua presidência no G20 em 2024, o Brasil propôs a criação da Aliança Global
contra a Fome e a Pobreza, que já reúne mais de 100 países, além de fundações,
organizações e instituições financeiras internacionais. A meta da Aliança é
contribuir para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
(ODS) até 2030, especialmente os que tratam da erradicação da fome e da
pobreza.
“O exemplo brasileiro pode ser adaptado em muitos
países ao redor do globo. No Brasil, sair do Mapa da Fome é só o começo.
Queremos justiça alimentar, soberania e bem-estar para todos”, afirmou
Wellington Dias.
O ministro também destacou que, ao unir políticas
públicas eficazes com esforços internacionais, o Brasil reafirma seu compromisso
com a Agenda 2030 da ONU, buscando a construção de um mundo mais justo,
igualitário e livre da fome.
Por: Crédito: Brasil 247/Fonte: Wscom

