Quarta-feira, 08 de outubro-(10) de 2025
Serviços de emergência recuperaram os corpos das duas últimas
pessoas dadas como desaparecidas; causa do desabamento está sob investigação
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(Reprodução/Emergências Madrid) |
O número de mortos pelo desabamento de
um prédio em construção no centro de Madri chegou a quatro nesta quarta-feira
(8), depois que os serviços de emergência recuperaram os corpos das duas
últimas pessoas dadas como desaparecidas.
Na noite de terça-feira (7), dois
corpos haviam sido encontrados entre os escombros. A construção fica perto da
Plaza Mayor, uma popular zona turística. O prédio de seis andares costumava
abrigar escritórios e estava em reforma para se tornar um hotel de quatro
estrelas.
Os serviços de emergência informaram
que, entre as vítimas, há três homens que trabalhavam no local e uma mulher
supervisora da obra. A imprensa espanhola informou que os trabalhadores eram de
Mali, Guiné e Equador.
Outras três pessoas sofreram ferimentos
leves. A causa do desabamento está sob investigação.
O colapso ocorreu no interior do
prédio, deixando a fachada intacta. “Todo o nosso carinho e apoio às suas
famílias, amigos e colegas neste momento tão difícil”, afirmou o prefeito de
Madri, José Luis Martínez-Almeida, em um post no X nesta quarta.
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro
Sánchez, também prestou condolências em uma publicação nas redes sociais. “Um
sincero abraço às famílias, amigos e colegas das quatro pessoas que faleceram
no desabamento do prédio no centro de Madri”, escreveu.
A operação de busca envolveu o uso de
drones e cães farejadores.
De acordo com o registro online de edifícios em construção de Madri, o imóvel
foi construído em 1965. Passou por duas inspeções técnicas em 2012 e 2022
e foi classificado como “desfavorável” devido “ao
estado geral da fachada, do exterior, das paredes divisórias, do telhado, dos terraços e do sistema de
encanamento e esgoto”.
O antigo prédio de escritórios,
localizado em uma área central de Madri, perto do Palácio Real, estava sendo
convertido em um hotel pela incorporadora Rehbilita, segundo informações em seu
site. A Rehbilita não respondeu a um pedido de comentário feito pela agência
Reuters.
O imóvel pertence ao fundo saudita RSR,
um investidor imobiliário especializado em hotéis de luxo e apartamentos
turísticos na Espanha e em Portugal. A RSR comprou o prédio por 24,5 milhões (cerca de R$ 153 milhões) em 2022.
A reforma, aprovada pelas autoridades
municipais em dezembro de 2024, tinha previsão de duração de dois anos.
Por: Folhapress