Segunda-feira, 13 de outubro-(10) de 2025
Nota foi emitida no final de semana
Na manhã deste sábado (11), a
prefeita Lucinha da Saúde, do município de Marí, localizado na Zona da Mata paraibana, divulgou uma nota oficial direcionada à população, explicando os motivos que levaram à rescisão de contratos
temporários na administração
municipal.
Segundo o comunicado, as demissões ocorreram
em cumprimento à legislação e em atendimento às orientações do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB). A prefeita afirmou que a atual gestão chegou
ao limite legal permitido para contratações.
“A verdade é que chegamos ao limite do
que a lei permite. Herdamos da gestão anterior uma situação que já era grave e
irregular, quando o índice de contratos temporários atingiu cerca de 58,22% em
relação ao quadro efetivo, percentual muito superior ao limite máximo de 30%
fixado pelo TCE-PB”, destacou Lucinha em trecho da nota.
A gestora também reforçou que o objetivo da medida é equilibrar as contas públicas e adequar o município às normas legais de
gestão de pessoal, evitando futuras sanções do órgão fiscalizador.
Contudo, ainda na noite da sexta-feira (10), o ex-prefeito Antonio Gomes usou as redes sociais
para rebater os argumentos da atual gestão,
classificando as declarações da prefeita como “desculpas infundadas” e acusando-a
de incompetência administrativa.
Confira abaixo a nota completa divulgada pela prefeita Lucinha da
Saúde:
Meus
amigos e minhas amigas,
Eu
sempre fui muito sincera com vocês, e hoje quero falar de coração aberto sobre
uma decisão que tem tirado o meu sono nos últimos dias. Não é fácil, e confesso
que é uma das atitudes mais dolorosas que precisei tomar nesses nove meses à
frente da Prefeitura de Mari.
A
verdade é que chegamos ao limite do que a lei permite. Herdamos da gestão
anterior uma situação que já era grave e irregular, quando o índice de
contratos temporários atingiu cerca de 58,22%, em relação ao quadro efetivo,
percentual muito superior ao limite máximo de 30% fixado pelo Tribunal de
Contas do Estado da Paraíba.
O
TCE já havia alertado por duas vezes a gestão anterior em 2024, sem que
qualquer medida fosse adotada para sanar essa irregularidade, e voltou a cobrar
providências neste ano. Além disso, o Ministério Público instaurou uma
investigação sobre o que chamou de “desaparecimento” de cerca de 260 servidores
efetivos da folha entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, um problema que não
reconhecemos, mas que agora somos obrigados a explicar.
Eu
sei o quanto cada emprego importa, sei que por trás de cada nome há uma
família, há sonhos e necessidades. E é justamente por saber disso que tomei
essa decisão com responsabilidade e com o coração apertado. Mas também sei que
governar é ter coragem de fazer o que precisa ser feito, mesmo quando dói.
Não
houve outra saída. Se eu não agisse agora, o município poderia sofrer multas
pesadas, ter as contas reprovadas e até perder recursos importantes,
prejudicando toda a população. E eu jamais permitiria que Mari pagasse o preço
pelos erros do passado.
Também
não posso deixar de dizer que esse cenário foi agravado por uma onda de
denuncismo político, muitas vezes movida por interesses eleitorais e não pelo
bem da cidade. Mas eu não vou governar olhando para as disputas pequenas. Vou
continuar olhando para o que importa: o futuro de Mari e o bem do nosso povo.
Peço
a vocês que confiem em mim. Essa decisão não é contra ninguém, é a favor de
Marí. É para que nossa cidade continue crescendo, com equilíbrio e justiça. Eu
continuo aqui, do lado de vocês, firme no propósito de construir uma cidade
melhor para todos.
Com
carinho e verdade,
Lucinha
da Saúde
Prefeita de Mari.
Por: Assessoria