Quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Dois padres e um leigo
serão canonizados. (Foto: Reprodução Rádio Vaticana)
Graças ao processo de equipolência, em que o
Papa reconhece a santidade sem a necessidade de um milagre após a beatificação,
o Brasil poderá ganhar em breve seus primeiros santos mártires: os padres André
de Soveral e Ambrósio Ferro e o leigo Mateus Moreira.
Massacres
no Rio Grande do NorteAlém deles, 28 fiéis foram massacrados no Rio Grande do Norte,
por tropas a serviço dos calvinistas em 1645, durante a ocupação holandesa.
Os massacres ocorreram em 15 de julho em Cunhaú, atualmente
município de Canguaretama, e no dia 3 de outubro, em Uruaçu, município de São
Gonçalo do Amarante.
O que é a
equipolência?A “canonização equipolente” demanda três requisitos: a prova da
constância e da antiguidade do culto ao candidato a santo, o atestado histórico
incontestável de sua fé católica e virtudes, e a amplitude de sua devoção.
A praxe da equipolência goza do mesmo atributo de infalibilidade
das canonizações ordinárias, nas quais são exigidos milagres. O Papa Francisco
empregou recentemente este procedimento elevando aos altares, por decreto,
Angela Foligno, Pedro Fabro e José de Anchieta.
Num passado mais remoto, no século XVIII, Prospero Lambertini, o
Papa Bento XIV, usou da canonização equipolente para propor à
veneração dos fiéis os santos Romualdo, Norberto, Bruno, entre outros.
Em Roma nestes dias para tratar do tema com o Papa Francisco, o
arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, explica.
Radio Vaticana