Terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Muitas vezes esquecida nos cuidados diários e nas idas ao médico, a pele
é uma das principais atingidas pelo câncer. De acordo com pesquisa do Instituto
Nacional do Câncer (Inca), a estimativa é de que mais de 175 mil novos casos do
câncer de pele não melanoma sejam diagnosticados em 2017, sendo 2.030 só na
Paraíba. Para reforçar os cuidados com a pele e auxiliar no alerta da
população, a Sociedade Brasileira de Dermatologia desenvolve a campanha
Dezembro Laranja que, em 2016, acontece pelo terceiro ano consecutivo.
Marcela
Vidal, dermatologista do Hapvida Saúde, explica que os cânceres de pele
mais comuns são o carcinoma basocelular e o espinocelular. “Eles podem aparecer
na forma de mancha ou saliência na pele com colorações variáveis: cor da pele
rosada ou marrom. Ou ainda uma pequena ferida que não cicatriza e que aumenta
gradativamente. São bem mais comuns em pessoas com exposição solar frequente e
em excesso. Mas também naqueles com exposição esporádica mas com grande
intensidade e sem proteção. O terceiro tipo mais frequente é o melanoma, o mais
perigoso pelo maior potencial metastático, se não diagnosticado precocemente”,
afirma.
A principal forma de
prevenção contra o problema é também uma das mais simples e práticas. A
especialista ressalta que a proteção solar intensiva, somada à proteção física,
utilizando chapéus e blusas com fator de proteção, ajudam ainda mais nesse
processo, assim como evitar exposição ao sol no período de maior intensidade da
radiação solar, entre 10h e 15h, sobretudo no Nordeste.
Por causa disso, é
preciso ter atenção com a quantidade e com o fator de proteção solar, uma vez
que ele varia de acordo com a tonalidade da pele e só pode ser especificado por
um profissional. “Orientamos, de forma geral, que o fator de proteção seja pelo
menos 30, mas, atenção para a quantidade de aplicação do protetor solar. É
importante passar o produto em todo o corpo e repetir novamente o mesmo
procedimento para garantir que todas as áreas sejam cobertas. Não esquecer
orelhas e as áreas próximas à roupa”, orienta Marcela Vidal.
A dermatologista também
esclarece que “outro fator contribuinte do câncer de pele é a exposição
continuada a produtos químicos, assim como traumas cutâneos prévios, como
queimaduras e ferimentos crônicos".
Assessoria