Sexta-feira, 19 de maio de 2017
Imagem ilustrativa
Nações Unidas, 19 mai (EFE).- A Coreia do
Norte ameaçou nesta sexta-feira os Estados Unidos com "consequências
catastróficas" se o país persistir com sua política de sanções e disse que
vai continuar expandindo seu programa de armas nucleares enquanto não houver
uma mudança de postura em Washington.
O embaixador adjunto do país na ONU, Kim In
Ryong, respondeu assim aos pedidos do governo americano para endurecer as
sanções internacionais contra a Coreia do Norte em resposta a seus últimos
testes de mísseis.
Segundo Kim, a capacidade nuclear
norte-coreana vai continuar sendo desenvolvida a grande velocidade enquanto os
EUA insistirem com sua política contra a Coreia do Norte, "suas
desprezáveis ameaças nucleares, extorsão, sanções e pressão".
O embaixador norte-coreano disse em uma
entrevista coletiva que se o governo de Donald Trump quiser adotar uma nova
política para seu país, ele deve acabar com as relações "hostis",
entre elas sua política de sanções.
Se o governo americano mantiver o caminho
atual, no entanto, "terá que assumir plena responsabilidade pelas
conseguintes consequências catastróficas", acrescentou o diplomata
norte-coreano.
Kim assegurou que "a guerra está muito
próxima" e que a tensão é fruto unicamente das "políticas
hostis" dos EUA e de suas "provocadoras" manobras militares na
região junto com a Coreia do Sul.
Por isso, o embaixador defendeu como
necessários os testes com mísseis balísticos de seu país, entre eles o
realizado no último fim de semana.
O lançamento foi condenado de maneira unânime
pelo Conselho de Segurança da ONU, que proíbe a Coreia do Norte de realizar
essas ações.
Kim atacou hoje o Conselho, ao acusá-lo de
utilizar "dois pesos e duas medidas" ao denunciar as ações
norte-coreanas e ignorar as atividades militares americanas.
Além
disso, o embaixador qualificou de "ridículo" as alegações de que seu
país tem responsabilidade no ciberataque mundial da última semana e em outros
ataques cibernéticos. Além disso, Kim afirmou que "cada vez que acontece
algo estranho", os EUA se aproveitam para inflamar sua
"campanha" contra a Coreia do Norte.
Por: EFE