Quinta-feira, 01 de junho de 2017
Alviverde se classifica para as quartas de
final da competição mesmo com derrota por 2 a 1; paulistas venceram jogo de ida
em São Paulo por 1 a 0
Jogadores do Palmeiras comemoram gol de
Thiago Santos sobre o Inter. Foto: Jeferson Guareze/AGIF
As três
derrotas consecutivas do Palmeiras na temporada
servem como alerta mesmo com a equipe classificada para as quartas de final da Copa do Brasil. Nesta quarta-feira o time levou
de 2 a 1 do Inter, no Beira-Rio, pela Copa do Brasil, e só
avançou graças a uma bola parada. O velho estilo "Cucabol"
salvou a equipe de ser punida pela atuação ruim e escolhas equivocadas na
escalação. A vaga veio graças ao desempate nos gols como visitante.
A equipe teve em Porto Alegre um meio-campo sem armadores, um
zagueiro improvisado no ataque, volantes na defesa e uma noite de futebol
desastroso. Já o Inter jogou melhor, mesmo com treinador interino e sob ameaça
de exclusão do Brasileiro da Série B como punição por uma suposta falsificação
de e-mail.
A vantagem alviverde de 1 a 0 construída no
Allianz Parque era magra, é verdade, e faltou uma grande dose de organização
para fazê-la durar mais do que só oito minutos. Antes de D’Alessandro aparecer
livre na frente de Fernando Prass e abrir o placar, o Inter já havia descoberto
o caminho pelo lado direito do ataque. Uma série de sustos pelo setor
antecederam o gol e continuaram a se repetir enquanto o time cambaleava em campo.
O Palmeiras conseguiu acordar na bola, mas não no placar. As duas
primeiras investidas do time esbarraram em lances polêmicos da arbitragem, com
um gol anulado de Róger Guedes e uma bola na mão de Léo Ortiz após chute
de Willian.
A equipe alviverde havia superado o susto inicial e começado a
avançar ao ataque quando perdeu Dudu. O atacante sentiu uma lesão e deixou o
campo ainda no primeiro tempo, para a entrada de Keno.
A alteração forçada testou ainda mais um Palmeiras já bem
modificado. O técnico Cuca escalou o time no 4-3-3, sem armadores de origem,
somente com volantes no setor de meio-campo. Porém, diante de uma vantagem
aniquilada aos oito minutos e com o primeiro tempo concluído com a derrota em 1
a 0, o segundo tempo trazia como dúvida qual seria a estratégia em campo para
evitar a decisão nos pênaltis.
A equipe mudou ao recuar Felipe Melo para a defesa, e a
situação do jogo piorou. O atalho pela direita novamente foi o caminho para o
gol do Inter, com Nico López, aos dez minutos do segundo tempo. O resultado
passava a eliminar o Palmeiras.
Cuca resolveu logo depois acionar Borja, na última substituição
possível. A criação passou a ser um grande problema porque o Inter recuou
cedo para garantir o resultado e permitiu ao Palmeiras avançar. Uma finalização
de Willian acertou a trave e deu a senha para o treinador voltar a
apostar em Mina como atacante.
Por sorte do Palmeiras, a improvisação durou pouco. Quase como um
presente, uma bola parada, ou seja, um “Cucabol” rendeu o gol de Thiago Santos,
aos 34 minutos do segundo tempo. Depois, foi apenas se segurar na defesa. Era a
derrota indolor tão sonhada pelo time.
FICHA TÉCNICA
INTER 2 x 1 PALMEIRAS
INTER:
Danilo Fernandes; William (Danilo Silva), Léo Ortiz, Víctor
Cuesta e Uendel; Rodrigo Dourado, Edenílson, Felipe Gutiérrez (Brenner) e
D’Alessandro; Marcelo Cirino (Eduardo Sasha) e Nico López. Técnico: Odair
Hellmann.
PALMEIRAS:
Fernando Prass; Fabiano, Edu Dracena (Thiago Santos), Mina
e Zé Roberto; Felipe Melo, Jean, Tchê Tchê e Róger Guedes (Borja); Dudu (Keno)
e Willian. Técnico: Cuca.
Gols:
D’Alessandro, aos 8 minutos do primeiro tempo. Nico López, aos
10, Thiago Santos, aos 34 minutos do segundo tempo.
Árbitro:
Ricardo Marques Ribeiro.
Amarelos:
Edu Dracena, Felipe Melo, Leo Ortiz, Dudu, Borja, Prass.
Público:
35.766 pagantes (Renda não divulgada).
Local:
Beira-Rio, em Porto Alegre.
Ciro Campos, O Estado de S.Paulo