Sexta-feira, 30 de junho de 2017
Michel
Temer terá mais dificuldades do que supunha para garantir que a maioria dos
integrantes da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara vote contra a
denúncia oferecida por Rodrigo Janot. Além do PSDB, que tem sete deputados no
colegiado e estima que, hoje, apenas um esteja disposto a votar a favor de
Temer, há defecções no “centrão” e até no PMDB, partido do presidente. O PSD,
por exemplo, tem cinco deputados na CCJ e conta três votos a dois pró-Temer,
com viés de baixa.
Anéis e dedos Aliados informaram
ao presidente que o cenário inspira cuidados. A estratégia de Janot de fatiar
as denúncias é vista como matadora para Temer. Na prática, admitem, a PGR
conseguiu minar o capital político do peemedebista.
Retrato A CCJ não tem função
determinante na aceitação da denúncia, mas oferece um panorama do tamanho da
batalha que Temer terá que travar para se manter no Planalto com o aval do
plenário da Câmara.
Ampulheta Há forte resistência
entre os deputados à suspensão do recesso para a rápida votação da denúncia,
como quer o Planalto. Temer foi avisado de que, se quiser encerrar o assunto
ainda em julho, terá que apresentar sua defesa à CCJ até terça (4).
Existe? O PMDB quer um deputado
de perfil moderado para a relatoria do caso na CCJ. Busca um nome firme, mas
sem apego aos holofotes. Sergio Zveiter (PMDB-RJ) e José Fogaça (PMDB-RS)
surgem como opções.
Uol