Quarta-feira, 03 de outubro de 2017
Vítima morreu após ser atendida. Policial se entregou e foi
denunciado pela promotoria
Créditos: Foto: Reprodução/
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O cabo
da Polícia Militar (PM) Carlos Alberto Ribeiro, de 36 anos, atirou sete vezes
contra a balconista Lorena Aparecida dos Reis Pessoa, de 29 anos, e a matou
enquanto o filho deles dormia em outro cômodo da casa, em Santa Bárbara d'Oeste
(SP), segundo o Ministério Público (MP). Ribeiro não aceitou o fim da relação e
premeditou o homicídio, diz o MP.
O
crime ocorreu em 8 de agosto e o órgão denunciou o acusado na semana passada.
"Segundo se apurou, o denunciando é policial militar e, embora casado,
mantinha um relacionamento afetivo com a vítima (Lorena), com quem teve um
filho", aponta a denúncia oferecida à Justiça.
De
acordo com o MP, Lorena quis terminar o relacionamento depois de descobrir que
o policial era casado. A descoberta ocorreu durante o processo que ela moveu
contra ele pela paternidade do filho.
Ribeiro
passou a ameaçá-la e afirmava não aceitar o fim da relação. No dia do crime ele
viajou de São José do Rio Preto (SP), onde mora, até Santa Bárbara d'Oeste para
matar a vítima, diz a promotoria.
O
feminicídio ocorreu na casa da vítima, na Vila Aparecida, por volta de 0h30.
"No local, o denunciando disparou sete vezes contra a ofendida e, depois,
fugiu". Vizinhos ouviram os tiros, foram à residência dela, pegaram a
criança enquanto dormia e levaram para outra casa.
Em
seguida, o policial se entregou na 2ª Companhia da Polícia Militar, em Santa
Bárbara d'Oeste. "É certo que o crime foi cometido por motivo torpe, uma
vez que o denunciando não aceitou o término do relacionamento e decidiu acabar
com a vida da vítima", diz o MP.
Feminicídio
"O
crime de homicídio foi praticado por meio cruel, uma vez que a vítima foi
atingida por sete disparos de arma de fogo. O crime foi cometido mediante
recurso que dificultou a defesa da vítima, que foi pega de surpresa, quando
estava em sua casa e tinha seu filho pequeno dormindo e recebeu diversos tiros
nas costas", complementa a denúncia.
Além
disso, a promotoria diz que o homicídio foi cometido contra mulher, "em
razão da condição de sexo feminino – violência doméstica". Ouvido, o
acusado afirmou, segundo o MP, que se arrependeu do crime, mas que ele foi
premeditado.
O
MP denunciou Ribeiro por homicídio quadruplamente qualificado com base nos
incisos 1 (torpe), 3 (cruel), 4 (recurso que dificultou a defesa) e 6 (contra a
mulher por razões da condição de sexo feminino).
O
policial segue detido no presídio militar Romão Gomes. A Justiça indeferiu um
pedido de liberdade provisória em 14 de setembro.
O
G1 tentou contato com a defesa do policial militar durante a tarde desta
segunda-feira. À noite, o advogado afirmou que representa o réu, mas está
"deixando o caso".
Na data do crime, a PM comunicou, por nota, que lamentava a morte da vítima
"atingida por disparos de arma de fogo". Ele atuava há sete anos na
corporação.
Com G1