Terça-feira, 20 de fevereiro de 2018
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou nesta terça-feira (20) com recurso contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no processo do triplex do Guarujá (SP). O recurso neste caso, é de embargos de declaração, que não permite reverter a sentença, já que o parecer dos três desembargadores foi unânime.A decisão do julgamentos de 24 de janeiro, em Porto Alegre, foi por manter a condenação da primeira instância e aumentar a pena de Lula para 12 anos e um mês. Esgotadas as possibilidades de recurso no TRF-4, Lula pode ser preso.
Nos embargos de declaração, a defesa pode verificar se existe dúvida, contradição ou explicação a ser dada pelos desembargadores sobre a decisão.
No processo da Operação Lava Jato, Lula é acusado de receber o imóvel como propina da empresa OAS em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. O ex-presidente nega as acusações e afirma ser inocente.
O julgamento dos embargos de declaração costuma ser rápido, apesar de não ter prazo. No caso de Lula, será realizado pelos mesmos desembargadores da 8ª Turma: João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Victor Luiz dos Santos Laus.
Instâncias superiores
A defesa de Lula poderá ainda recorrer da condenação em mais duas instâncias superiores: o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF), ambos em Brasília.
No STJ, poderá ser apresentado recurso especial se a defesa apontar algum aspecto da decisão que configure violação a lei federal, como o Código Penal ou de Processo Penal. No STF, caberá recurso extraordinário se os advogados apontarem que a decisão do TRF-4 viola a Constituição.
Caso Lula já esteja preso nesta fase, a defesa poderá pedir a esses tribunais a soltura para que ele recorra em liberdade.
No último dia 30, o TRF-4 já havia divulgado o relatório do caso e a íntegra dos votos dos desembargadores João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen, da 8ª turma, que analisou o recurso de Lula. Na terça (6), instantes antes da publicação do acórdão, foi divulgado o voto do desembargador Victor dos Santos Laus.
Redação NE1 Com G1 e Eduardo Figueiredo