Sábado, 07 de julho de 2018
Ministério do
Desenvolvimento Social avalia que a economia deve chegar a R$ 15,7 bilhões com
o pente-fino
De
2016 até agora, o número de auxílios-doença caiu de 1,8 milhão para 1,3 milhão.
A expectativa é que esse número caia para em torno de 1 milhão. (Foto:
Reprodução)
O governo cancelou
R$ 9,6 bilhões em auxílios-doença e aposentadorias por invalidez, de quase 220
mil pessoas, ao intensificar o pente-fino para encontrar benefícios
irregulares. Até o fim do ano, o Ministério do Desenvolvimento Social avalia
que a economia deve chegar a R$ 15,7 bilhões com o impulso das perícias. A
redução desses gastos dá um alívio no Orçamento da União em 2018 e 2019.
Em
quatro meses, de março até o fim de junho, meio milhão de beneficiários
passaram pelo crivo dos peritos do INSS. O governo mudou as regras para o
trabalho dos peritos e conseguiu dar novo gás ao programa de revisão dos
benefícios, que começou a ser implementado em agosto de 2016. De março a junho,
o número de perícias foi quase o dobro das 289,8 mil realizadas desde o início
do programa.
Na
primeira fase do pente-fino, que durou até fevereiro passado, foram cancelados
82% dos auxílios-doença e 17% das aposentadorias por invalidez que passaram
pela perícia técnica do INSS. Nessa segunda fase, 74% dos auxílios-doença
revisados (112.959) e 31% das aposentadorias por invalidez (106.763) foram
cancelados. Esse é o último balanço que o governo pode divulgar antes das
eleições.
O
governo paga bônus de R$ 60 por perícia extra. A revisão pretende alcançar até
o fim do ano 553 mil auxílios-doença e 1 milhão de aposentadorias por
invalidez. Até agora, 36,4 mil pessoas não compareceram à revisão e tiveram o
benefício cancelado.
A
Justiça reativou 2,4% dos benefícios cancelados - número considerado baixo pelo
ministro e que, segundo ele, demonstra o acerto das revisões.
No
pente-fino, o governo encontrou 30 mil pessoas aposentadas por invalidez que
estavam trabalhando com carteira assinada. Para o ministro, esse é um exemplo
da situação de descontrole na concessão dos benefícios. Na sua avaliação, houve
omissão do INSS no passado na revisão dos benefícios, que não estava sendo
feita sistematicamente como previsto por lei.
Fonte: Notícias ao Minuto