Quarta-feira, 15 de agosto de 2018
Neymar
aproveitou as férias para descansar. Com baixa preocupação em evoluir
fisicamente no período, o brasileiro vive um começo de temporada incomum na
carreira. Pela debilidade física, mudou o posicionamento no Paris Saint-Germain
e viu Di Maria crescer em sua posição, a de atacante aberto pela esquerda do
campo. O brasileiro agora sofre para recuperar a forma e poder atuar como
deseja.
O relaxamento
de Neymar nas férias não trouxe avaliação negativa no PSG. O treinador Thomas
Tuchel encarou com normalidade por concordar de que o brasileiro precisava
"tirar a cabeça do futebol" após o baque da eliminação do Brasil na
Copa do Mundo. Até dias a mais de férias aos brasileiros – Marquinhos, Thiago
Silva e Neymar - foi concedido pelo treinador.
No PSG, Neymar
conta com um preparador físico pessoal, Ricardo Rosa. O trabalho com o atacante
em Paris, com constantes exercícios em casa, foi retomado.
Essa foi a
primeira vez na carreira que Neymar precisou mudar o posicionamento em campo
por conta da debilidade física. Durante as férias no Brasil, a opção de Neymar
foi pelo descanso ao lado da família e amigos. O zagueiro Thiago Silva, por
exemplo, participou de treinamentos diários nas instalações do Fluminense, e
atuou como titular nos dois jogos que esteve disponível no PSG. Já Marquinhos
teve caminho parecido com o camisa 10 e também não foi titular na final contra
o Monaco.
Para atuar
como titular na estreia do PSG pelo Campeonato Francês no último domingo contra
o Caen – vitória por 3 a 0, no Parque dos Príncipes -, Neymar foi deslocado
para a posição de centroavante para evitar a correria e o confronto de mano a
mano pelos lados de campo.
Ver o camisa
10 sem participar da criação de jogadas do time e com participação baixa no
jogo – foi o titular do time com menos toques na bola, com 51 no total – é algo
raro. O gol marcado, lembrando características de um camisa 9, acontece por
Neymar ser calmo e exímio finalizador.
Sem estar na
forma física ideal, Neymar acabou substituído pela primeira vez desde que
chegou ao PSG. Aconteceu aos 35 minutos do segundo tempo, com o brasileiro
sendo ovacionado e retribuindo os torcedores com aplausos. A saída de campo de
forma tranquila também dá mostras do bom relacionamento com Tuchel.
"Ele
ainda não está 100%. É aqui nessa posição que ele começou, pois não tem a mesma
intensidade para jogar pelo lado. Mas o Cavani vai voltar e essa foi uma
decisão difícil para o Weah, que esteve em todos os jogos quando Neymar e os
outros ainda não estavam com a gente", destacou Tuchel.
O camisa 10 se
reapresentou no PSG no dia 1º agosto. Três dias depois já estava em campo
participando da vitória por 4 a 0 contra o Monaco, pela final da Supercopa da
França, na China. A atuação nos 15 minutos finais só aconteceu por insistência
de Neymar, relatou Tuchel.
Foto: Christophe ARCHAMBAULT/AFP
A ascensão de
Di Maria
Desde a lesão
de Neymar em fevereiro, Di Maria saiu como "beneficiado". O argentino
foi o titular do lado esquerdo do ataque e ganhou prestígio com a diretoria
após boas atuações.
Em 2018, Di
Maria é o artilheiro do PSG, com 18 gols. Cavani, goleador da temporada
passada, fez 15 gols no total. Neymar aparece como o terceiro lugar, com 11
gols – o brasileiro fez apenas 10 jogos no total -. Já Mbappé tem 9 gols
marcados.
Como Neymar
está debilitado fisicamente, Di Maria seguiu ocupando o espaço pelo lado
esquerdo do campo. Assim, com os dois gols marcados na final contra o Monaco,
foi eleito o melhor jogador. Diante do Caen, também atuou como titular, embora
não tenha empolgado.
Fonte:
UOL