Quinta-feira, 06 de agosto de 2018
A Polícia Federal identificou o autor da facada em Jair Bolsonaro como Adelio
Bispo de Oliveira, de 40 anos, morador de Montes Clarinhos (MG). Ele foi
imediatamente preso pelos policiais que faziam a segurança do presidenciável.
Após ser levado à delegacia, ele confessou o crime.
A
Gazeta do Povo conseguiu o contato de um ex-advogado de Adelio Bispo em um
processo trabalhista. “Aparentemente era uma pessoa normal”, disse. Segundo
ele, o autor da facada em Bolsonaro trabalhou por oito meses em Camboriú (SC)
em uma empresa do ramo de construção e empreendimentos imobiliários, mas a
execução do processo ocorre em Montes Claros (MG). Há outros processos
registrados em nome de Adelio, também ligados à área de construção civil.
Filiação partidária
A
reportagem consultou a lista de filiados ao PSOL de Minas Gerais. A informação
é que Adelio Bispo de Oliveira foi filiado ao partido em Uberaba (MG) de 2007 a
2014, conforme relação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na lista do
PDT de Minas Gerais há ainda o nome de: Jose Adelio Bispo de Oliveira, filiado
desde 1992 – e pode ser um homônimo.
Na
internet, ele é um ferrenho opositor de Bolsonaro e aliados, como o ator
Alexandre Frota. Seu perfil no Facebook já tem ameaças de apoiadores do
presidenciável. Ele também ataca na web a chapa de Geraldo Alckmin, chamando a
vice do candidato, Ana Amélia, de “ladra de projetos”.
Com
uma foto da “Balança da Justiça” em seu perfil do Facebook, Adelio Bispo posta
fotos com camisas do movimento Lula Livre , inclusive com fotos ao lado de
outros apoiadores do ex-presidente. Ele chega a comentar sobre a “direita
maçônica”:
“De
novo agrado número 13 para a maçonaria, 13 lojas para fundar um novo oriente. O
Grande Oriente do Distrito Federal é subordinado ao grande Oriente do Brasil.
Foi criado em 1971. Havia a necessidade e de 13 lojas para fundar um Grande
Oriente. O primeiro Grão-Mestre do Distrito Federal foi Celso Clarismundo da
Fonseca”.
Após
esfaquear Bolsonaro, o suspeito sofreu uma tentativa de linchamento pela
população e rapidamente preso pela polícia.”
Fonte:
Gazeta do Povo