Domingo, 11 de novembro de 2018
Imagem extraída da Internet
Você sabia que o nosso tipo sanguíneo diz muito sobre os riscos
de termos um ataque cardíaco? Se você não sabe do que estamos falando, é bom
prestar muita atenção!
Todos nós
temos um tipo de sangue, que pode ser: A, B, AB ou 0.
Existe um
marcador adicional, o fator Rh, que nem todas as pessoas possuem
Se você
possui, esse fator é classificado como ‘positivo’ (com Rh) ou ‘negativo’ (sem
Rh).
Isso
resulta num total de oito grupos sanguíneos: A positivo, A negativo; B
positivo, B negativo; AB positivo, AB negativo; e O positivo, O negativo.
Mas por
que é importante sabermos qual o nosso tipo?
Quando
vamos doar ou receber sangue, não podemos fazer a transfusão sem antes saber se
o sangue do doador e receptor são compatíveis.
Por isso
na emergência, se você já souber o seu tipo sanguíneo, poderá ganhar tempo e
salvar a sua vida ou da pessoa em risco.
Uma
pesquisa apresentada no IV Congresso Mundial sobre insuficiência cardíaca aguda
concluiu, depois de analisar dados de mais de um milhão de pessoas, aqueles com
tipo A, B ou sangue AB eram mais propensos a sofrer de uma doença cardiovascular
do que aqueles com grupo sanguíneo do tipo 0.
Mas o que
de fato determina essa relação estreita entre determinados tipos sanguíneos com
o ataque cardíaco?
Ainda não
se sabe ao certo, mas os cientistas sugerem que isso pode ser devido a uma
maior concentração da proteína do fator von Willebrand.
Esta
proteína favorece o desenvolvimento de coágulos, o que aumenta o risco de
ataques.
Além
disso, os pesquisadores explicam que as pessoas com sangue diferente do tipo 0
são mais propensas a altos níveis de colesterol.
Há evidências também de que os tipos A, B ou AB têm
um risco maior de sofrer um ataque cardíaco diante da alta contaminação do ar.
O trabalho realizado pelas associações americana
Intermountain Medical Center Heart Institute e Brigham Young University associa
esse risco a um gene chamado ABO, presente em pessoas com os tipos sanguíneos
A, B ou AB.
Entenda
os pesquisadores analisaram se uma
variação específica neste gene ABO predispõe a um ataque cardíaco em tempos de
poluição ambiental.
Segundo Benjamin Horne, epidemiologista clínico e
um dos autores da pesquisa, há, sim, uma predisposição.
O limite acima do qual o risco de ataque é maior
para pessoas com o tipo sanguíneo 0 é 25 microgramas de contaminação por metro
cúbico.
Em níveis acima de 25 microgramas por metro cúbico
de contaminação, o aumento do risco é linear, enquanto abaixo desse nível há
pouca ou nenhuma diferença de risco.
Pessoas com sangue do tipo 0 também apresentam
maior risco de ataque cardíaco ou dor torácica instável em de alta
contaminação.
No entanto, o risco é muito menor, em 10% em vez de
25% para cada 10 microgramas de tipo de sangue não 0.
Assim, em 65 microgramas por metro cúbico de
contaminação, uma pessoa com o grupo sanguíneo 0 está enfrentando um risco 40%
maior do que se o ar não estivesse defeituoso.
Fonte: ofarolpb