Quinta-feira, 01 de novembro de 2018
"A cúpula do
Judiciário ignorou uma determinação da ONU sobre o direito de Lula ser candidato",
diz o documento
A resolução anuncia a criação de uma rede democrática de proteção solidária, com o lema "Você não está só" (Foto: Reprodução)
O PT divulgou, nesta quarta-feira (31), uma nota em que critica o
Judiciário, chama o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) de aventureiro
fascista e promete resistência.
Segundo a resolução petista, o processo eleitoral foi marcado, desde o
início, pela violência e pelo ódio político, a começar pela cassação da
candidatura do ex-presidente Lula.
"A cúpula do Judiciário ignorou uma determinação da ONU sobre o
direito de Lula ser candidato. E foi incapaz de conter a indústria de mentiras
nas redes sociais financiadas pelo caixa 2 de Jair Bolsonaro", diz o
documento, acrescentando que "pela primeira vez desde a redemocratização
tivemos uma eleição sem debates no segundo turno".
Produto da reunião ocorrida na tarde desta terça-feira, dois dias após a
eleição do militar reformado, a resolução cobra ação da Justiça ante à
proliferação de fake news a favor de Bolsonaro financiada por caixa dois.
"Diante da sociedade brasileira e dos observadores internacionais,
que testemunharam os desvios e violência desta campanha, a Justiça Eleitoral e
o Supremo Tribunal Federal têm o dever de investigar as ocorrências denunciadas
pela população, pela imprensa e pelo PT na campanha de Jair Bolsonaro",
diz.
Na nota, o PT promete resistir à reforma da Previdência "que Michel
Temer e Jair Bolsonaro querem fazer, contra os aposentados e os
trabalhadores" e à entrega do patrimônio nacional, das empresas
estratégicas, das riquezas naturais do Brasil aos interesses estrangeiros.
"Vamos resistir à submissão do país aos Estados Unidos. Nossa bandeira é a
do Brasil. Nunca beijaremos a bandeira dos Estados Unidos como fez
Bolsonaro", afirma documento.
A resolução anuncia a criação de uma rede democrática de proteção
solidária, com o lema "Você não está só", reunindo advogados
voluntários para reagir aos casos de violação dos direitos humanos e direitos
civis, de violação às liberdades de organização, de imprensa e de expressão.
"Vamos reforçar a campanha Lula Livre no Brasil e no exterior, não
só para fazer justiça a quem foi condenado e preso arbitrariamente, mas porque
esta campanha simboliza a defesa da liberdade, da democracia e dos direitos humanos",
diz a nota, na qual o PT promete defender "os movimentos sociais, como o
MST e o MTST, e as pessoas que pensam ou são diferentes de Bolsonaro: os
negros, os indígenas, o povo LGBTI".
O documento diz ainda que a "eleição de um aventureiro fascista é
fruto de uma campanha de ódio e de mentiras, que nos últimos anos manipulou o
desespero e a insegurança da população".
E conclui: "Vamos resistir numa grande frente pela democracia e
pelos direitos do povo".
Fonte: Notícias ao Minuto
com Folhapress