Quinta-feira, 01 de novembro de 2018
A poupança da Caixa Econômica Federal
fechou o ano passado com captação líquida de R$ 8 bilhões e um total de 74
milhões de poupadores. Para o educador financeiro Rogério Braga, membro da
Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), com uma população de
mais de 207 milhões de pessoas, há um amplo caminho para que a poupança cresça
ainda mais no país.
Para o especialista, os
brasileiros ainda não têm o hábito de poupar. Ele aponta que um dos principais
problemas da população brasileira atualmente é o consumo exagerado, o
acúmulo de créditos, que levam ao descontrole financeiro.
O Dia Mundial da
Poupança, celebrado hoje (31), foi criado para conscientizar a população global
sobre a importância de preservar recursos para o futuro.
Passos
para poupar
O primeiro passo para
quem quer fazer uma poupança é estabelecer um sonho ou um objetivo de vida. “O
maior segredo é estabelecer esse objetivo e começar a fazer um diagnóstico
financeiro de vida. Começar a pegar aquele recurso, separar a parte dele para
poupar no início, porque se deixar para o final do mês, vai faltar recurso”,
indicou.
Conversar com a família
em relação ao sonho coletivo é um segundo passo também importante. Braga
aconselha que as pessoas coloquem todos os objetivos no papel. “Tem que ser
disciplinado. A disciplina de seguir todo esse processo leva ao sucesso”,
apostou.
Para o educador
financeiro, o brasileiro tem o mau costume de ser imediatista, o que termina
colocando alguma meta de futuro adiante da sua realidade.
Ele recomenda que as
pessoas estabeleçam prazos e aprendam a gastar e a economizar. Esse é um
processo diário, destacou. “Tem que usar os recursos em algo efetivamente
necessário, e não supérfluo. “Poupar primeiro é sempre muito importante. O
hábito de poupar deve ser feito antes de receber o salário e gastar no
consumo”.
Braga acredita que com
essas etapas, já pode haver uma mudança geral, uma nova visão sobre o hábito de
poupar. “E, aí, a poupança se beneficia disso, porque ela é muito fácil, muito
acessível a toda a população brasileira”.
Faz parte ainda do
diagnóstico financeiro que as pessoas comecem a observar onde há excesso, como
podem gastar melhor e onde podem economizar. Braga afirmou que muitas pessoas
cometem o erro de gastar além do seu padrão de vida e, por isso, a conta nunca
fecha e elas terminam sempre endividadas. O ideal é identificar onde gastar. “Gastar
sem excessos, dentro da sua realidade, é fundamental”.
Fonte: Agência Brasil