Quinta-feira, 13 de dezembro de 2018
Foto: Marcelo
Camargo/Agência Brasil)
Um estudo feito pela Confederação
Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito
(SPC Brasil) constatou que 21% dos idosos aposentados continuam exercendo algum
tipo de atividade remunerada. Segundo os autores do estudo, uma das principais
razões do fenômeno é o fato de a renda não ser suficiente para pagar as contas,
é o que afirmam 47% dos entrevistados.
De acordo com a pesquisa, no
Brasil, sete em cada 10 idosos são beneficiados pela aposentadoria atualmente.
Além da questão financeira, entre os que têm mais de 60 anos e ainda exercem
alguma atividade remunerada, 48% disseram que querem se sentir produtivos nessa
fase da vida e 46%, que buscam manter a mente ocupada.
Segundo o estudo, boa parte dos
lares conta com a renda de familiares com mais de 60 anos. Nove em cada 10
idosos (91%) contribuem financeiramente com o orçamento, sendo que 43% os
principais responsáveis pelo sustento da casa. Ainda assim, 34% dos
entrevistados recebem algum tipo de custeio por meio de pensão por morte de
cônjuge ou ente familiar.
Planejamento
Entre os que se planejaram
pensando nessa fase da vida, 32% admitem nunca ter guardado dinheiro
exclusivamente para essa finalidade; 25% não lembram quando começaram a fazer
uma reserva; e 43% dos que recordam o período de início da poupança tinha em
média 27 anos quando começou a guardar dinheiro.
A maior parte dos entrevistados
(47%) afirmou que se previne por meio da contribuição do Instituto Nacional do
Seguro Social (INSS); 34% disseram que fazem algum tipo de investimento –
número que sobe entre as classes A e B, como poupança (13%), previdência
privada da empresa em que trabalhou (9%) e investimentos como fundos ou ações
(7%).
Há também uma parcela que investe
em previdência paga por conta própria (7%) e em imóveis (6%), considerando
apenas os imóveis tratados como investimento, e não como moradia.
Entre a população da faixa etária
acima de 60 anos que não se prepararam para a aposentadoria, os principais
fatores citados são falta de renda (29%) e de sobra de dinheiro no orçamento
(25%).
O SPC diz que os dados refletem um
novo cenário com o aumento da expectativa de vida no Brasil e ressalta que
planejar a aposentadoria pensando na renda que virá com o INSS é arriscado no
contexto atual no país. De acordo com a entidade, o valor médio do
benefício concedido raramente é suficiente para dar cobrir despesas que não
estavam previstas, como gastos com remédios e plano de saúde.
Foram entrevistados 612
consumidores com idade acima de 60 anos de ambos os gêneros e de todas as
classes sociais, nas 27 capitais brasileiras. A margem de erro é de 4 pontos
percentuais para um intervalo de confiança de 95%.
Fonte: Agência Brasil