Terça-feira, 12 de março de 2019
Diabético, ele havia sido
internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Casa de Saúde, em Santos, em
janeiro por causa de uma pneumonia.
Pelé,
seu principal parceiro na carreira, dizia que Coutinho, dentro da área, era
melhor do que ele (Foto: Reprodução)
Morreu na noite
desta segunda-feira, 11, aos 75 anos, o ex-atacante Coutinho, campeão mundial
pela seleção brasileira em 1962 e bicampeão da Libertadores e do Mundial de
Clubes pelo Santos.
A
informação foi confirmada pelo Santos, no Twitter. A causa da morte ainda não
foi divulgada pela família. Diabético, ele havia sido internado na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) na Casa de Saúde, em Santos, em janeiro por causa de
uma pneumonia.
Antônio
Wilson Vieira Honório nasceu em 11 de junho de 1943 na cidade de Piracicaba,
interior de São Paulo. Iniciou a carreira no XV de Piracicaba e foi para o
Santos ainda jovem, com 14 anos, em 1958. Estreou pela seleção brasileira em
1960, antes de completar 16 anos.
Coutinho
seria o titular na seleção brasileira que foi campeã da Copa do Mundo de 1962,
mas uma contusão o fez perder o lugar para Vavá. Foi um dos principais
jogadores do Santos nas conquistas da Libertadores e do Mundial de Clubes de
1962 e 1963. Também foi campeão paulista em 1960, 1961, 1962, 1964, 1965 e 1967
e venceu por cinco vezes a Taça Brasil, de 1961 a 1965, depois reconhecida como
Campeonato Brasileiro. Também conquistou quatro edições do Torneio Rio-São
Paulo, em 1959, 1963, 1964 e 1966.
No
Santos, Coutinho formou o lendário ataque com Dorval, Mengálvio, Pelé e Pepe.
Tinha
o apelido de “gênio da pequena área”. Pelé, seu principal parceiro na carreira,
dizia que Coutinho, dentro da área, era melhor do que ele. É um dos maiores
artilheiros da história do clube do litoral paulista, com 368 gols em 457
jogos.
Por
ter tendência a engordar, encerrou a carreira cedo, aos 30 anos, em 1973.
Pelé
se pronunciou sobre a morte do seu principal companheiro no futebol. “É uma
grande perda. A tabelinha Pelé-Coutinho fez o Brasil ficar mais conhecido no
mundo todo. Tenho certeza que um dia faremos tabelinha no céu. Minhas
condolências à família”, disse o Rei.
Pepe,
também companheiro de Coutinho, citou Alzheimer e problemas estomacais.
“Encontrei o Coutinho há pouco tempo, sempre muito feliz. Sabia que não estava
bem há um tempo. Tínhamos contato quase diariamente. Tinha problemas de
estômago e Alzheimer, mas sempre alegre. Sempre encontrava ele no bar tomando a
cervejinha perto da Vila Belmiro. Batíamos papo. Onde ele estava, estava a
alegria. Um cara feliz. Vai fazer falta o eterno Coutinho”, afirmou Pepe à
Rádio Bandeirantes.
“Hoje,
não é só o Santos e o futebol que estão tristes, pois acabo de perder um dos
meus melhores amigos dentro e fora de campo, uma pessoa extraordinária como ser
humano. Meu coração está de luto por você, Couto. Vai fazer muita falta”, disse
Mengálvio.
O
atacante Rodrygo, do Santos, também se manifestou e demonstrou solidariedade
com a família de Coutinho, além de apontá-lo como uma referência para os
garotos do time alvinegro. “Descanse em paz, Coutinho. Que Deus possa confortar
os familiares e amigos neste momento tão difícil. Ídolo da história do Santos e
do futebol mundial, uma referência para nós mais jovens no clube.”
O
pentacampeão Cafu fez questão de registrar seu luto em sua página no Twitter.
“Morreu essa lenda do nosso futebol e meu querido amigo Coutinho. Meus sentimentos
e orações para a família.”
Alguns
clubes demonstraram apoio e deixaram de lado a rivalidade, para lamentar a
morte de um dos maiores jogadores da história do futebol brasileiro. “Muita
força aos familiares, amigos e torcedores santistas. Estamos juntos neste
momento tão difícil”, mensagem da conta oficial do Corinthians no Twitter.
Guarani, Federação Paulista e Conmebol também se manifestaram.
Em
seu site, a CBF relembrou parte da história de Coutinho com a camisa da seleção
brasileira e lamentou a sua morte. “A CBF, sua diretoria e seus colaboradores
se solidarizam com a família de Antônio Wilson Honório, o Coutinho, neste
momento de grande perda para o futebol brasileiro.”
Fonte: Veja