Quarta-feira, 03 de março de 2019
Mais de 900.000 recém-nascidos morrem a cada ano por causas
vinculadas às más condições higiênicas dos hospitais e centros médicos onde
nascem, segundo relatórios publicados conjuntamente nesta quarta-feira (3) pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a
Infância (Unicef).
Um
dos documentos afirma que cerca de um milhão de recém-nascidos ou suas mães
morrem após o parto, embora, segundo tenha declarado em entrevista coletiva o
coordenador da OMS, Bruce Gordon, mais de 90% das vítimas nestes casos são
crianças.
Os
relatórios que estudam as condições de centros sanitários de todo o mundo
indicam que uma de cada quatro instalações médicas não tem água corrente ou
sofre com acesso limitado a ela, o que afeta o atendimento de dois bilhões de
pessoas.
Um de
cada cinco centros estudados carece de banheiros adequados, o que afeta 1,5
bilhão de pessoas, e 16% (um de cada seis) não tem serviços básicos para que
médicos e pacientes possam lavar as mãos.
Os
indicadores analisados são cruciais para prevenir as infecções e oferecer um cuidado
médico de qualidade, especialmente no parto, uma vez que cálculos indicam que
17 milhões de mulheres nos países menos desenvolvidos dão a luz a cada ano em
instalações sem as condições higiênicas e sanitárias adequadas.
A
cada dia morrem 7.000 recém-nascidos, e as infecções são a causa de 26% dessas
mortes, assim como de 11% dos óbitos de mães no parto, segundo os dados
divulgados.
"Cada
nascimento deveria estar em mãos seguras, lavadas com água e sabão, usando
equipamento esterilizado e em um entorno limpo", destacou em comunicado a
diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore.
Já o
diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que "garantir
que todos os centros sanitários tenham serviços básicos de água, banheiro e
higiene é essencial para conseguir um mundo mais saudável, seguro e
justo".
Fonte: G1