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Gerentes de banco e doleiro são suspeitos de ajudar a lavar quase R$ 1 bilhão

Quarta-feira, 29 de maio de 2019
Alvos de mais uma etapa da Lava Jato no Rio na manhã desta terça-feira (28), o doleiro Júlio Andrade e os gerentes do Bradesco Tânia Fonseca e Robson Silva são suspeitos de ter ajudado a lavar R$ 989,6 milhões por meio do sistema bancário.

A pedido do Ministério Público Federal (MPF), a 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva de Júlio e a temporária de Tânia e Robson. O MPF investiga a participação dos três no esquema exposto nas operações Eficiência e Câmbio, Desligo, comandado pelos doleiros Vinícius Claret e Cláudio Barbosa, operadores de Sérgio Cabral.

Tânia foi presa em casa, na Zona Oeste do Rio. Júlio e Robson estão foragidos.
As investigações revelaram que Júlio, Tânia e Robson eram peças importantes em sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, que funcionava por meio da compensação de cheques do varejo (“chequinhos”) e pagamento de boletos bancários.

O esquema servia para geração de reais em espécie que, posteriormente, eram vendidos a empresas que desejavam esfriar recursos.

Em linhas gerais, os doleiros captavam cheques recebidos no varejo e os depositavam em contas bancárias de empresas fantasmas. Para abertura e movimentação das contas bancárias, a organização criminosa contava com a participação de gerentes de bancos que descumpriam regras de “compliance” a fim de permitir a criação das contas de giro.

O MPF afirma que Júlio Andrade era responsável por abrir as contas-fantasma utilizadas nas transações, bem como por fornecer telefones “frios” e indicar empresas que alugavam salas por curtos períodos para guardar o dinheiro obtido. Ao menos sete empresas foram identificadas e são alvo de busca e apreensão.

Na época dos fatos, Tânia e Robson eram gerentes-gerais de agências do Banco Bradesco na Barra da Tijuca e em Vila Isabel, recebiam a documentação das empresas criadas por Júlio e indicavam os locais onde as contas bancárias deveriam ser abertas.

Para os procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, houve falha no sistema de compliance das instituições financeiras.

“As instituições financeiras onde as contas foram abertas, em especial o Banco Bradesco, descumpriram os deveres de compliance, possuindo como consequência direta, além do fomento à lavagem de dinheiro acima demonstrado, a violação à livre concorrência, pois as instituições que dispendem recursos no compliance acabam restringindo seus negócios, sem contar no custo que é dedicado aos setores de conformidade”, afirmam.





Fonte: Paraíba.com

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Formado em radialismo,Cursou A FUNETECE,Ensino médio Completo,E-mail: radialistasergiothiago@gmail.com.
 
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