Terça-feira, 11 de junho de 2019
Segundo outros veículos
locais, Moro esteve abatido e cabisbaixo durante todo o encontro, que aconteceu
depois de um dia depois do vazamento de conversas pelo The Intercept Brasil.
Diante da insistência sobre o vazamento, Moro disse que “está havendo muito sensacionalismo em cima dessas supostas mensagens”, ao encerrar a entrevista (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil/Arquivo)
O ex-juiz federal e
ministro da Justiça, Sérgio Moro, deixou uma entrevista coletiva na manhã desta
segunda-feira (10) em Manaus (AM) após questionamentos sobre o vazamento de
conversas entre ele e procuradores.
Segundo Luiz G. Melo, do jornal A Crítica, o
ministro, que foi a Manaus para reunião do Conselho Nacional dos Secretários de
Estado da Justiça, Cidadania, Direitos Humanos e Administração Penitenciária
(Consej), não gostou de ser questionado sobre o caso Vaza Jato e deixou
coletiva de imprensa antes do previsto.
“O que houve foi uma ação criminosa de invasão
de celulares de procuradores. O diálogo entre juiz, polícia e procuradores é
absolutamente normal. Não há crime nisso. Agora, eu não vim ao Amazonas para
falar disso”, disse, se retirando da coletiva de imprensa logo em seguida.
Segundo outros veículos locais, Moro esteve
abatido e cabisbaixo durante todo o encontro, que aconteceu depois de um dia
depois do vazamento de conversas pelo The Intercept Brasil.
Massacre
Segundo a Folha de S.Paulo, antes, em um
discurso de pouco mais de oito minutos, Moro ignorou a crise desatada pelo
vazamento de conversas e falou apenas sobre o sistema penitenciário. No mês
passado, Manaus foi palco de um massacre de 55 presos em dois dias.
Após a explanação, Moro abriu para perguntas e
restringiu para que fossem apenas sobre a questão carcerária. “Já falei aqui
que eu só vou responder questões sobre Manaus e o Amazonas”, disse após a
primeira pergunta sobre a Vaza Jato. “Aí basta ler o que se tem lá e verificar
que o fato grave é a invasão criminosa do celular dos procuradores”.
Diante da insistência, Moro disse que “está
havendo muito sensacionalismo em cima dessas supostas mensagens”, ao encerrar a
entrevista.
Fonte: Revista Fórum