Domingo, 28 de julho de 2019
Presidente diz que aprendeu a dirigir na fazenda, com 10 anos de idade.
'Nem deveria ter exame de nada. Você faz uma parte escrita e vai para a
prática'
O
presidente admitiu, no entanto, que essa é apenas uma ideia, que ficará para
"um segundo momento" em sua intenção de reduzir o custo da carteira
de motorista. (Foto: Reprodução)
O presidente da
República, Jair Bolsonaro, defendeu nesta quinta-feira (25) o fim dos cursos de
formação para novos motoristas. "Eu acho que nem deveria ter exame de
nada. Você faz uma parte escrita e vai para a prática, nem precisa cursar em
autoescola", sugeriu em sua live semanal, transmitida pela internet.
Bolsonaro afirmou que aprendeu a guiar quando
ainda era criança, sem curso algum. "Com 10 anos de idade eu estava
dirigindo trator na fazenda em Eldorado Paulista (SP)." O presidente
admitiu, no entanto, que essa é apenas uma ideia, que ficará para "um
segundo momento" em sua intenção de reduzir o custo da carteira de
motorista.
Na prática, ele já pediu, via projeto de lei
que será analisado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, o fim dos
simuladores. Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, as
máquinas de simulação das autoescolas, que passam a ser opcionais aos
aspirantes a motoristas, elevam o preço do documento em 15% (cerca de R$ 300).
Também quer a
ampliação da validade da CNH (carteira nacional de habilitação) de 5 para 10
anos para adultos, e de 2,5 anos para 5 anos para os idosos. Além do aumento do
limite de pontos para cassação da carteira, que dobrará de 20 para 40 pontos.
Outro objetivo do governo é tirar a multa para
pais que não utilizam a cadeirinha para crianças em seus carros. "Criaram
uma polêmica com isso dizendo que eu tinha afrouxado a lei, mas na verdade eu
inclui a punição de três pontos na carteira, que não existia", afirmou
durante a live.
Bolsonaro aproveitu o vídeo ao
vivo para pedir uma ajuda do Congresso Nacional ao citar outra flexibilização,
a de acabar com a obrigatoriedade de exames médicos em clínicas conveniadas com
os Detrans. "No projeto nosso você pode ter esse atestado com teu
irmão, com teu pai, com o vizinho, com qualquer médico", explicou.
"Espero que a Câmara não mexa nisso. Pelo contrário, aprove e até inclua
mais coisas. Afinal 513 pessoas mais 81 no Senado têm cabeças para sugerir mais
medidas para que fique mais barato isso aí", declarou.
R7