Sexta-feira, 26 de julho de 2019
Astro S0-2, com dez vezes a massa
do sol está à beira do negro Sagittarius A*, no centro da Via Láctea, a 26 mil
anos-luz da Terra.
Modelo visual da estrela S0-2, a mais próxima de um gigantesco buraco negro no centro da Via Láctea — Foto: Divulgação/National Science Foundation
A partir da observação da luz de uma estrela que gira em torno
de um gigantesco buraco negro no centro de nossa galáxia, cientistas
apresentaram nesta quinta-feira (25) novas evidências para apoiar a teoria da
relatividade geral formulada em 1915 por Albert Einstein.
A estrela S0-2
ostenta uma massa dez vezes maior que a do sol, enquanto viaja na órbita
elipsoidal do buraco negro Sagittarius A*, no centro da Via
Láctea, a 26 mil anos-luz da Terra. Cada volta dura 16 anos.
Os cientistas
descobriram que o comportamento da luz da estrela, enquanto escapava da extrema
atração gravitacional exercida pelo buraco negro, corresponde às previsões da
teoria de Einstein.
O famoso físico propôs a teoria, considerada hoje um dos
pilares da ciência para explicar as leis da gravidade e sua relação com outras
forças naturais.
Embora a teoria de Einstein se mantenha nas observações dessa
estrela em particular, a astrônoma Andrea Ghez, da Universidade da Califórnia
em Los Angeles, disse que não explica completamente o que acontece em ambientes
gravitacionais exóticos, como os de buracos negros.
Ela considerou que essas entidades
celestiais, extraordinariamente densas, podem exercer campos gravitacionais tão
fortes que nenhuma matéria ou luz pode escapar deles.
Por Reuters