Quinta-feira, 02 de agosto de 2019
Foto: Carnegie Mellon University College of Engineering/AFP
Cientistas americanos usaram
uma bioimpressora 3D para criar partes de um coração feitas com colágeno. Eles
garantem que a tecnologia é um avanço para montar órgãos inteiros no futuro.
A
técnica, publicada na revista “Science” desta quinta-feira (1º), replica as
estruturas biológicas complexas do corpo, que são responsáveis pela
configuração e pelos sinais bioquímicos necessários para que os órgãos
funcionem.
“Podemos mostrar que é factível imprimir em 3D uma válvula do
coração em colágeno e que funcione” – Adam Feinberg, um dos coautores.
As
tentativas anteriores de criar essas estruturas, conhecidas como matrizes
extracelulares, falharam porque as impressões tinham resolução baixa ou o
tecido não era válido.
O
colágeno, que é um biomaterial perfeito para estes projetos, é encontrado em
todos os tecidos do corpo humano. Ele é fluido e, por isso, se tornava em um
material gelatinoso na hora da impressão 3D.
Os
cientistas da Universidade Carnegie Mellon foram capazes de lidar com esse
problema fazendo mudanças rápidas do pH para que o colágeno solidificasse de
forma controlada e rápida.
“Esta
é a primeira versão de uma válvula, pelo que tudo o que conseguirmos será
melhor e melhor”, disse Feinberg.
A
técnica pode ajudar pacientes que esperam por um transplante cardíaco, mas
primeiro terá que ser validada com testes em animais e, eventualmente, em seres
humanos.
“Acho
que a curto prazo, servirá para reparar um órgão já existente”, como um coração
com perda de funcionamento por um infarto ou um fígado degradado, explicou
Feinberg.
Por
G1