Sexta-feira, 09 de agosto de 2019
Planta serve para confecção de utensílios domésticos e
construção de moradias
Mais de 50 mudas de 18 espécies serão testadas no Brejo paraibano (Foto:Divulgação/UFPB)
A poluição do meio ambiente
com materiais descartáveis de plástico é uma das principais preocupações dos
ambientalistas na atualidade. A fim de substituí-lo e revolucionar a
arquitetura e a engenharia civil, o pesquisador do Leonaldo Alves de Andrade,
do Centro de Ciências Agrárias (CCS) da UFPB, em Areia, no Brejo paraibano,
testará mais de 50 mudas de 18 espécies de bambu.
“A partir do bambu, é
possível produzir bens e serviços ambientalmente sustentáveis, desde
os mais simples até os industriais, a exemplo dos utensílios domésticos. Estamos
estudando formas de tratar o bambu para que tenham durabilidade. Hoje, já é possível ver
construções feitas a partir da planta”, conta o pesquisador.
Segundo o especialista,
o bambu é um produto renovável, com alta taxa de crescimento e com a
possibilidade de ser produzido sem grandes riscos ambientais. A ideia é testar
a adaptação e desempenho da planta na região e integrá-la à
cadeia produtiva.
“É uma alternativa de renda e
de capitalização para os agricultores, porque é pouco exigente, é muito
produtiva e com perspectiva de mercado em função da necessidade de produtos
sustentáveis e não poluentes”.
As mudas que serão
plantadas em 60 dias vieram de três fazendas do interior de São
Paulo. Foram viabilizadas pelo pesquisador Moisés Medeiros Pinto, líder da
Rede Paulista do Bambu (REBASP) e membro do Conselho Consultivo da
Rede Brasileira do Bambu (RBB).
Leonaldo Alves de
Andrade explica que elas ainda não foram cultivadas porque
são pequenas. “Estamos esperando que cresçam para
poder plantá-las em uma área experimental”.
Por Portal Correio