Segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
Matéria do FolhaPress
Foto: Alexandre Vidal / Flamengo
Durante
a entrevista coletiva após a final do Mundial de Clubes, o técnico do Flamengo,
Jorge Jesus, foi avisado por um jornalista que seria condecorado com a Ordem do
Infante Dom Henrique por iniciativa do presidente português Marcelo Rebelo de
Sousa.
A honraria foi criada, segundo o governo lusitano, para ser oferecida a
quem prestou serviços relevantes a Portugal mesmo que no exterior.
É consequência da febre a respeito do treinador e do Flamengo que tomou
Portugal. Os jogos do clube passaram a ser transmitidos no país. O treinador
disse saber que crianças usam camisas do clube carioca nas ruas portuguesas.
A questão para ele é o que vem pela frente nos próximos meses. Seu
contrato com o Flamengo termina em maio e a diretoria acredita que ele vai
permanecer. Porque o próprio Jesus acredita que seu elenco tem potencial para
ser hegemônico no futebol em 2020.
“Dá para dizer que o Flamengo está no caminho certo. Temos todas as
condições de manter a hegemonia do futebol brasileiro”, resumiu.
A equipe termina o ano com os títulos carioca, brasileiro e da
Libertadores. Entre as competições domésticas, a única que escapou foi a Copa
do Brasil, em que foi eliminada nas quartas de final.
Ele descartou qualquer desgaste físico de sua equipe em relação ao
Liverpool, especialmente na prorrogação. Isso apesar de o Flamengo ter feito 74
jogos oficiais na temporada, contra 55 do Liverpool.
“Essa é a realidade do nosso calendário e não há o que fazer. Mas dentro
de campo eu vi a equipe superando qualquer dificuldade e a sensação que fica
para nós, jogadores, é ter feito tudo o que era possível”, opinou Diego, que
mais uma vez entrou durante o segundo tempo mas, ao contrário da final da
Libertadores e da semifinal do Mundial, não conseguiu fazer a diferença.
Este foi um discurso padrão do grupo flamenguista. A questão física não
fez diferença. Eles preferiram ressaltar o futebol mostrado pela equipe contra
o campeão europeu e agora Mundial.
“Não faltou nada. Jogamos bem, criamos chances e poderíamos ter vencido.
Não vamos ter qualquer arrependimento do que fizemos em campo. O time deles é
muito bom. Mas o nosso também é”, disse Bruno Henrique antes de ir embora
carregando o troféu de segundo melhor jogador do Mundial.
Por:
FolhaPress