Sábado, 04 de janeiro de 2020
Matéria do Site Agência do Brasil
O número de mortos nas
inundações que atingiram a região de Jacarta, na Indonésia, na noite de
ano-novo, subiu para 43, anunciou hoje a Agência de Gestão de Desastres do
país.
Pelo
menos 43 pessoas morreram por afogamento, hipotermia ou desmoronamento de
terras na área metropolitana de Jacarta e na região de Lebak, no extremo sul de
Java, disse. As autoridades continuam à procura de dezenas de desaparecidos.
O
balanço anterior indicava 23 mortos.
Cerca
de 400 mil pessoas foram deslocadas para abrigos temporários e muitas ainda não
conseguiram voltar para casa. “Encorajamos as pessoas cujas casas continam
inundadas a mudarem para locais mais seguros”, afirmou o porta-voz da
Agência de Gestão de Desastres, Agus Wibowo.
Nos
bairros mais atingidos, as organizações de socorro indicaram que iam retirar os
residentes, nomeadamente crianças e idosos, ainda presos nas suas casas.
Segundo
as autoridades indonésias, a água está recuando e a eletricidade começa a ser
reestabelecida em várias regiões da área metropolitana.
“Hoje
estamos concentrados nas buscas em 11 locais que continuam submersos, para
retirar pessoas”, disse o porta-voz da Agência de Busca e Salvamento, Yusuf
Latif.
Em
Bekasi, um subúrbio de Jacarta que foi duramente atingido, o recuo das águas
deu lugar a ruas pantanosas cobertas de lixo e carros amontoados. Neste bairro,
a água chegou ao segundo andar dos edifícios.
Com
30 milhões de habitantes, a capital indonésia é regularmente atingida por
inundações durante a estação das chuvas, iniciada no final de novembro.
“As
inundações deste ano foram particularmente fenomenais devido aos níveis
extremamente elevados de pluviosidade”, explicou a especialista em planeamento
urbano Yayat Supriatna.
A
metrópole enfrenta graves problemas de infraestrutura, com deficiente sistema
de drenagem, agravados por um desenvolvimento urbano excessivo, apontou a
especialista.
Há
alguns meses, o presidente da Indonésia, Joko Widodo disse ter escolhido
uma zona no leste da ilha de Bornéu para ser a capital política do país,
indicando a intenção de sair de Jacarta, uma cidade sobrelotada e ameaçada pela
subida das águas.
Por:
Agência da Brasil