Sábado, 23 de maio de 2020
Em entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente disse que haverá uma
quarta parcela da ajuda e que talvez ocorra até mesmo um quinto pagamento.
"Não podemos jogar para o espaço mais de R$ 110 bilhões, que foram gastos dessa forma. Isso vai impactar nossa dívida, no Tesouro", complementou. (Foto: Reprodução)
BRASÍLIA, DF
(FOLHAPRESS) - O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta
sexta-feira (22) que o governo vai estender o auxílio emergencial para
informais, mas que o valor pago será abaixo de R$ 600.
Em
entrevista à rádio Jovem Pan, o presidente disse que haverá uma quarta parcela
da ajuda e que talvez ocorra até mesmo um quinto pagamento.
"Conversei
com o Paulo Guedes [ministro da Economia] que vamos ter que dar uma amortecida
nisso daí. Vai ter a quarta parcela, mas não de R$ 600. Eu não sei quanto vai
ser, R$ 300, R$ 400; e talvez tenha a quinta [parcela]. Talvez seja R$ 200 ou
R$ 300. Até para ver se a economia pega", disse.
"Não
podemos jogar para o espaço mais de R$ 110 bilhões, que foram gastos dessa
forma. Isso vai impactar nossa dívida, no Tesouro", complementou.
Em
reunião com empresários na terça-feira (19), Guedes havia admitido a
possibilidade de prorrogar o auxílio.
Segundo
Guedes, a extensão poderia ocorrer por um ou dois meses, mas com um corte para
R$ 200.
O
auxílio foi criado para durar apenas três meses, com valores concedidos em
abril, maio e junho. Com a prorrogação por dois meses, permaneceria até agosto.
O discurso pela prorrogação representa uma mudança de posição da equipe
econômica, antes contrária à extensão da medida. Mesmo assim, a redução do
montante concedido é defendida como fundamental.
Guedes
defende a redução do valor por causa das limitações das contas públicas. O
ministro propôs uma ajuda de R$ 200 no começo da pandemia, mas o governo
aceitou elevar o montante para R$ 600 após pressões do Congresso.
Por:
Ricarddo Della Coletta - Folhapress